Postos retomam rotina, mas falta gás de cozinha na 2ª maior cidade de MS
Levantamento feito pelo Campo Grande News em 10 revendas de Dourados mostra que falta de gás continua na cidade
O estoque de combustíveis começou a voltar ao normal hoje (1º) em Dourados, a 233 km de Campo Grande após dez dias de greve dos caminhoneiros. Entretanto, o desabastecimento de gás de cozinha continua na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul e nesta sexta-feira é quase impossível encontrar o produto nas principais revendas.
Levantamento feito hoje por telefone pelo Campo Grande News em dez pontos de venda de GLP em Dourados mostra que nenhum deles tem o botijão de 13 quilos usado na cozinha da maioria dos douradenses. Outro fato que chama a atenção é que vários revendedores estão fechados e não mantém nem mesmo funcionário para atender ao telefone.
“Está prevista a chegada para amanhã”, afirmou a atendente de uma revenda localizada na Rua Monte Alegre, na região do ginásio municipal de esportes.
O gás de cozinha acabou em Dourados no quarto dia da greve dos caminhoneiros, iniciada no dia 21 e encerrada na quarta-feira (30). Algumas revendas receberam estoques limitados de botijões, que se esgotaram no mesmo dia diante das filas de moradores à procura do produto.
Se ainda falta gás de cozinha em Dourados, a venda de gasolina, diesel e etanol começou a se normalizar hoje na cidade. Todos os postos da região sul e da área central estavam atendendo nesta sexta-feira de manhã.
Entretanto, a greve dos caminhoneiros deixou sequelas ainda presentes. A gasolina está mais cara e a maioria dos postos vende só com pagamento em dinheiro.
“Na quarta-feira dia 23, já durante a greve, a gasolina estava R$ 4,39, R$ 4,49 na maioria dos postos. Agora está R$ 4,59 em quase todos”, reclamou um vendedor que nesta sexta abastecia em um posto localizado na Rua Hayel Bon Faker.
Procon – Na quarta-feira (30), procuradores do Procon e representantes do Sinpetro (Sindicato das Distribuidoras e Revendedores de Combustíveis) discutiram sobre preços dos combustíveis em Dourados durante a greve.
O diretor do Procon, Mário Júlio Cerveira, mostrou números comprovando a elevação da gasolina em até 29,30% entre os dias 14 e 23 de maio. A gasolina, que estava sendo comercializada a R$ 3,790 na primeira quinzena chegou a R$ 4,990 durante a greve. O valor está ainda maior hoje.
Edeilton Moraes, representante do Sinpetro em Dourados, disse que os empresários vão se reunir no fim de semana para avaliar a situação. O resultado será apresentado em nova reunião, na segunda-feira (4).