Prazo acaba amanhã e 1.557 alunos da UFGD ainda não responderam sobre vacina
Dos que devolveram questionário, 14 não tomaram nenhuma dose e terão o curso trancado
As atividades presenciais serão retomadas na próxima terça-feira (15), mas até agora, 1.557 estudantes da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) ainda não responderam se estão ou não vacinados contra a covid-19.
Para ter acesso às dependências da universidade, estudantes, professores e servidores administrativos terão de apresentar o comprovante de que receberam pelo menos duas doses do imunizante.
A obrigatoriedade foi aprovada no ano passado pelo Cepec (Conselho de Ensino, Pesquisa, Extensão e Cultura) e ratificada no dia 26 de janeiro deste ano.
No dia seguinte, a reitoria anunciou que faria levantamento do quadro de imunização e deu prazo até o dia 4 deste mês para os alunos devolverem o formulário preenchido. Depois, o prazo foi prorrogado até esta sexta-feira (11), quatro dias antes do retorno das aulas.
Hoje, a assessoria de comunicação da UFGD informou que dos 7.269 estudantes matriculados, 5.712 já preencheram o formulário e 1.557 ainda não se manifestaram.
Dos que responderam, 14 não tomaram nenhuma dose da vacina e 78 estudantes estão com a situação vacinal incompleta, ou seja, tomaram apenas a primeira dose da Coronavac, Pfizer ou Astrazeneca.
Conforme a UFGD, esses acadêmicos que tomaram apenas a primeira dose não podem ser considerados imunizados e estão sendo orientados a tomar a segunda dose para ter direito ao destrancamento de matrícula. Os que não tomaram nenhuma vacina não poderão frequentar o curso.
A obrigatoriedade do passaporte vacinal vale também para professores e administrativos, mas a assessoria ainda não tem os números parciais sobre o cadastro desses grupos. O prazo para eles também termina amanhã.
Recurso negado – Ontem, o Campo Grande News mostrou que 9 estudantes e 3 servidores da UFGD recorreram à Justiça Federal contra a obrigatoriedade do comprovante de vacina, mas o habeas corpus foi negado pelo juiz da 1ª Vara Federal Moisés Anderson Costa Rodrigues da Silva.
O grupo alegou que a exigência desrespeita direitos constitucionais, como liberdade individual de crença e a livre a locomoção. Entretanto, o magistrado refutou os argumentos por não ver constrangimento ilegal decorrente da exigência.
Moisés Anderson ainda citou que as universidades são espaços dedicados ao estudo e à ciência, “não ao terraplanismo”, em referência ao movimento mundial que defende a ideia de que a Terra é plana.
