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Interior

Prefeito de Bela Vista é encontrado morto no dia de depor em CPI

Polícia foi acionada às 8h17 e delegado titular do 1º DP de Jardim se dirigiu ao local onde está o corpo do prefeito

Helio de Freitas, de Dourados | 29/10/2015 09:22
Renato de Souza Rosa (PSB) estava afastado do cargo desde agosto deste ano e seria ouvido hoje na CPI da Câmara (Foto: Arquivo)
Renato de Souza Rosa (PSB) estava afastado do cargo desde agosto deste ano e seria ouvido hoje na CPI da Câmara (Foto: Arquivo)

Renato de Souza Rosa (PSB), prefeito afastado de Bela Vista, cidade a 322 quilômetros de Campo Grande, foi encontrado morto na manhã desta quinta-feira no município de Jardim. Ainda não se sabe a causa da morte, mas as primeiras informações que chegaram à Polícia Civil revelam que ele teria sofrido um infarto fulminante. Entretanto, em grupos de WhatsApp de órgãos policiais de Mato Grosso do Sul chegou a circular informação de que Renato teria sido morto com um tiro.

Um policial do 1º distrito de Jardim disse ao Campo Grande News que a morte do prefeito ocorreu em um residencial na área central da cidade. Até às 9h15, o delegado titular, Alex Sandro Antonio, permanecia no local com a equipe da perícia.

O Campo Grande News apurou que Renato de Souza Rosa estava retornando da Capital para Bela Vista, onde prestaria depoimento nesta quinta-feira na CPI aberta em setembro na Câmara de Vereadores contra sua administração.

Renato Rosa tinha sido afastado do cargo pela Justiça no dia 17 de agosto deste ano, a pedido do MPE (Ministério Público Estadual), que investiga gastos da prefeitura e suposto desvio de R$ 52.400 do recolhimento do ITBI (Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis). O cargo é ocupado pelo vice-prefeito, Douglas Gomes.

De acordo com a Câmara de Vereadores da cidade, que fica na fronteira do Brasil com o Paraguai, na região sudoeste do Estado, a abertura da CPI, aprovada por 8 votos a 3, foi embasada na documentação enviada pelo Ministério Publico Estadual, já que o prefeito, afastado por 180 dias, respondia por improbidade administrativa.

Renato de Souza Rosa disse ao Campo Grande News no dia 9 de setembro que as denúncias são inverdades e afirmou ter conhecimento da compensação com uma empresa da cidade envolvendo o ITBI, motivo do afastamento. “A prefeitura devia para eles, e bem mais que esse valor do ITBI”, disse ele, na época.

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