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Interior

Preso por porte de arma, vereador paga fiança de R$ 7 mil e ganha liberdade

Eyde Leite, vereador em Caracol, passou a noite em uma cela da delegacia de Bela Vista; ele foi preso durante investigações sobre assassinato do pistoleiro Betão e um policial civil, em abril

Helio de Freitas, de Dourados | 26/05/2016 15:16
Eyde Leite pagou finança de oito salários mínimos e deixou prisão (Foto: Divulgação)
Eyde Leite pagou finança de oito salários mínimos e deixou prisão (Foto: Divulgação)

Preso ontem por porte ilegal de arma em sua casa, no município de Caracol, a 364 km de Campo Grande, o vereador Eyde Jesus Rodrigues Leite (PSL), deixou a cela da delegacia de Polícia Civil de Bela Vista por volta de meio-dia desta quinta-feira (26).

O relaxamento da prisão em flagrante foi determinado pelo juiz da comarca, Vinicius Pedrosa Santos, após arbitrar fiança de oito salários mínimos – R$ 7.040,00 – que foi paga hoje de manhã.

Eyde foi preso ontem por policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros) e da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio) que investigam o assassinato do policial civil Anderson Celin Gonçalves da Silva, 36, e do pistoleiro Alberto Aparecido Roberto Nogueira, 55, o Betão. Os dois foram mortos e queimados no dia 21 de abril deste ano, em Bela Vista.

O filho de Eyde, Oscar Ferreira Neto, é procurado como um dos autores do duplo homicídio. Os policiais estavam à procura de Oscar quando encontraram a arma na casa do vereador.

Outros dois homens pessoas foram citados como envolvidas da morte de Betão e do investigador da Polícia Civil. Um deles foi preso ontem e levado para a Capital. Sua identidade ainda é desconhecida.

Guilherme Gonçalves Barcelos, 31, morador em Bela Vista, foi preso quarta-feira à noite em Campo Grande e ontem de manhã foi encontrado morto em uma cela do Garras – ele teria se enforcado com uma calça jeans.

O advogado de Eyde Leite, Marcelo Calvano, informou hoje ao Campo Grande News que o vereador foi preso por porte ilegal de arma e que não teria envolvimento nas mortes.

Segundo ele, que também é vereador em Bela Vista, quando os policiais chegaram à casa de Eyde Leite encontraram um revólver calibre 357, de uso restrito. “A arma pertencia ao pai do Eyde, um revólver antigo”, afirmou Calvano.

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