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Interior

Presos na fronteira, sul-mato-grossenses são interrogados e vão para presídio

Pedro Henrique Ifran Stival e Ronaldo Rojas Flores foram levados ontem para Asunción

Helio de Freitas, de Dourados | 06/08/2021 11:54
Os dois brasileiros vigiados por agente da Senad e ao fundo os fardos de cocaína. (Foto: Divulgação)
Os dois brasileiros vigiados por agente da Senad e ao fundo os fardos de cocaína. (Foto: Divulgação)

Os dois sul-mato-grossenses presos quarta-feira (4), com 504 quilos de cocaína no lado paraguaio da fronteira prestam depoimento nesta sexta-feira ao Ministério Público daquele país e ainda hoje, devem ser levados para o presídio.

Pedro Henrique Ifran Stival e Ronaldo Rojas Flores foram levados ontem para a sede da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), na capital Asunción e apresentados à imprensa paraguaia ao lado das 15 bolsas de cocaína apreendidas com eles.

Trazida de avião da Bolívia, a droga tinha até selo de qualidade em alto-relevo nos tabletes. O destino seria o Brasil, segundo o serviço de Inteligência da agência paraguaia.

A Senad já investigava o esquema e na quarta-feira, montou a Operação Ninho de Dragão para prender os traficantes. A carga foi descarregada na pista clandestina da fazenda Yaguarundi, nos arredores de Capitán Bado – cidade vizinha de Coronel Sapucaia (MS).

Com apoio da FTC (Força-Tarefa Conjunta) e de helicóptero da Força Aérea do Paraguai, a agência localizou a droga quando já era transportada em uma Ford Ranger e numa Toyota Hilux SW4.

Perseguidos pelos militares, os dois brasileiros abandonaram caminhonetes com a cocaína e correram para o mato, mas foram localizados e presos. Na quarta à noite, eles foram levados para a regional da Senad, em Pedro Juan Caballero e ontem, transferidos de carro para a capital.

A Senad calculou em 3,5 milhões de dólares (em torno de 18 milhões de reais), o valor da cocaína em território paraguaio. Conforme a agência antidrogas, o selo em alto-relevo nos tabletes com a sigla “UFC” é garantia de qualidade, além de indicar o local onde a droga foi produzida e o profissional de química encarregado da elaboração, uma espécie de certificação dos narcotraficantes.

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