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Interior

Presos na fronteira carregavam meia tonelada de cocaína com selo de qualidade

Os sul-mato-grossenses Pedro Henrique Stival e Ronaldo Flores foram presos na Operação Ninho de Dragões

Helio de Freitas, de Dourados | 05/08/2021 08:40
Os sul-mato-grossenses presos com cocaína, vigiados por agente da Senad. (Foto: Divulgação)
Os sul-mato-grossenses presos com cocaína, vigiados por agente da Senad. (Foto: Divulgação)

Pesou 504 quilos, a carga de cocaína apreendida no final da tarde de ontem (5), na área rural de Capitán Bado, cidade paraguaia vizinha de Coronel Sapucaia (MS), a 400 km de Campo Grande. A droga tinha até selo de qualidade em alto-relevo nos tabletes.

Os sul-mato-grossenses Pedro Henrique Ifran Stival e Ronaldo Rojas Flores foram presos. A operação desencadeada pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), FTC (Força-Tarefa Conjunta) e Força Aérea do Paraguai para interceptar a carga, ganhou o nome de “ninho de dragões”.

Trazida de avião da Bolívia, a droga foi desembarcada em pista clandestina na fazenda Yaguarundi e colocada em duas caminhonetes, uma Ford Range prata e uma Toyota Hilux SW4 também prata, conduzidas por Pedro e Ronaldo.

Agentes da Senad e militares da FTC com apoio de helicóptero da Força Aérea paraguaia já monitoravam o carregamento e interceptaram as duas caminhonetes em uma estrada de terra. Os dois motoristas abandonaram os veículos com a cocaína e correram para o mato, mas foram presos.

Nas duas caminhonetes, foram encontrados 15 fardos da droga. Sob forte esquema de segurança, a carga foi levada para a base regional da Senad, em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã, onde as equipes chegaram por volta de meia-noite.

Veja o vídeo:

A Senad calculou em 3,5 milhões de dólares (em torno de 18 milhões de reais) o valor da cocaína em território paraguaio. Conforme a agência antidrogas paraguaia, o selo em alto-relevo nos tabletes com a sigla “UFC” é garantia de qualidade, além de indicar o local onde a droga foi produzida, e o profissional de química encarregado da elaboração, uma espécie de certificação dos narcotraficantes.

Apesar de a carga ter saído da Bolívia, a Senad informou que não está confirmada se a cocaína foi produzida em território boliviano ou no Peru, pois, atualmente, existe também a rota Peru-Bolívia-Paraguai-Brasil.

A cocaína será submetida a exames para saber a procedência. Ainda segundo a Senad, a análise em laboratório pode revelar a “receita” e quais produtos foram utilizados. Através disso, é possível identificar o país de origem.

Ao Campo Grande News, a Senad informou que a identidade dos brasileiros foi confirmada pela Polícia Federal do Brasil. Pedro Henrique e Ronaldo Rojas serão levados para a capital Asunción.

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