Professores distribuem pizza para vereadores e sessão é encerrada
Os vereadores de Dourados - cidade localizada a 233 km de Campo Grande - não conseguiram pela segunda noite consecutiva votar o projeto que altera a lei complementar que transforma em gratificação o incremento de salário aprovado há três anos para os professores, a chamada "Lei do pré-sal".
A proposta foi encaminhada para a Câmara Municipal pela prefeita Délia Razuk (PR) e deveria ter sido avaliada na sessão de segunda-feira (23) em sessão ordinária. Porém, protestos do professores impediram a realização da mesma.
Para esta terça-feira (24), foi marcada uma sessão extraordinária para avaliar a questão, porém ela foi novamente alvo da manifestação dos professores municipais, contrários à medida. Todo o evento foi acompanhado de gritos por "fora Délia" e, inclusive, entrega de pedaços de pizza para os vereadores aliados da prefeitura.
A barulhenta manifestação fez com que a presidência da Casa encerrasse a sessão sem que o projeto fosse votado. Pela lei atual, a prefeitura tem de pagar cinco parcelas anuais aos professores, para que em 2020 o piso do magistério seja para 20h/semana e não para 40h como é atualmente. A primeira foi paga em 2016.
Em assembleia na manhã de hoje, os profissionais da educação abriram mão da incorporação em 2017, para iniciar diálogo com a prefeitura. Entretanto, como o projeto foi mantido na pauta, os educadores foram à Câmara impedir a votação.
"O pagamento do valor dessa etapa da incorporação seria efetivado somente em outubro de 2018. Em contrapartida, a prefeitura retiraria o projeto do legislativo, sem alterar a política salarial, que busca equiparar o salário do magistério com outros profissionais da rede com qualificação equivalente", afirma o sindicato da categoria.