Quatro são presos em operação contra “peixe grande” de furtos em fazendas
Crimes ocorreram na região de Bonito e acusados presos em Dourados
A Operação Big Fish (peixe grande, em inglês), desencadeada hoje (25) pela Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira) e pelo SIG (Setor de Investigações Gerais), prendeu quatro pessoas em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Todos são acusados por série de furtos em propriedades rurais nos municípios de Bonito, Bodoquena, Nioaque e Jardim.
Além de Carlos Fischer, 42, apontado como chefe da quadrilha, foram presos o genro dele Matheus Ricciardi Sobrinho e os indígenas Edimar Souza Rodrigues e Genilson Cabreira Reginaldo. Casado com uma mulher indígena, Carlos Fischer mora em casa de alto padrão na Aldeia Jaguapiru.
Localizada ao lado da Escola Municipal Tengatuí Maragantú, a casa é sede de uma empresa de cascalho de fachada, usada também para armazenar produtos e veículos furtados nas fazendas. O nome da operação faz alusão ao sobrenome de Carlos Fischer.
Segundo o delegado Rodolfo Daltro, chefe do SIG e titular da Defron, o grupo comandado por Carlos Fischer é uma das maiores quadrilhas de ladrões de caminhões, defensivos agrícolas, sementes, caminhonetes e máquinas agrícolas atuantes em Mato Grosso do Sul.
Veículos – Além dos quatro mandados de prisão, a polícia cumpriu três ordens de busca e apreensão, todas na Aldeia Jaguapiru. Na casa de Carlos Fischer foram recuperados caminhão furtado em Dourados, retroescavadeira furtada em Bonito e caminhonete F1000 furtada em Bodoquena no dia 13 deste mês. A F100 tinha sido desmontada e estava sendo pintada com outra cor.
No local foi apreendida também uma carreta bitrem avaliada em R$ 400 mil pertencente a Carlos Fischer. Devido à suspeita de ser veículo furtado, a carreta será periciada.
Fisher, o “peixe grande” dos furtos em fazendas, mas que se apresenta como empresário, foi autuado em flagrante por três crimes de receptação e por crime ambiental. Na casa dele foram encontradas embalagens de agrotóxico descartadas em locais inapropriados.
O chefe da quadrilha vai ser levado para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Os outros três acusados serão transferidos para Nioaque. Segundo a polícia, um deles possuía a função específica de remarcar chassi e os outros dois apontavam os locais a serem furtados e escondiam os bens.