Rio cobre ponte entre Amambai e Aral Moreira e alaga fazendas
A vazão do Amambai, um dos principais rios que cortam municípios da região sul de Mato Grosso do Sul, está transbordando em várias regiões, de Coronel Sapucaia, na fronteira com o Paraguai, onde nasce, até a divisa com o Paraná, onde desagua no Paranazão. O motivo é a chuva que atinge a região há quase três semanas. Novembro teve chuva recorde em várias regiões do Estado e dezembro continua chuvoso.
Em Amambai, a 360 km de Campo Grande, a chuva de cem milímetros durante quatro horas na sexta-feira (4) aumentou ainda mais o volume de água do rio. No limite com o município de Aral Moreira, a rio alagou várias propriedades rurais e casas de sítios e fazendas estão inundadas. Três famílias foram removidas e estão alojadas na Escola Agrotécnica de Amambai.
A ponte de madeira em uma estrada vicinal que liga os dois municípios está submersa. Na tarde deste sábado (5), quando a reportagem do Campo Grande News foi ao local, acompanhada pelo prefeito de Amambai, Sérgio Diozebio Barbosa (PMDB), apenas algumas pontas da estrutura de madeira estava visível.
O volume de água é tanta que a ponte entortou. Funcionários da prefeitura amarraram cordas, na tentativa de salvar pelo menos as madeiras. A ponte tinha sido reformada há alguns anos, com recursos estaduais, conforme uma placa colocada no local.
“Com tanta água, dificilmente essa ponte vai resistir”, afirmou Barbosa, desolado ao ver a estrutura submersa. Segundo ele, sem essa ponte os produtores da região terão de fazer uma volta de pelo menos 50 km para escoar a produção, quando começar a colheita. “Impossível construir outra a tempo”.