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Interior

Sargento é preso por furtar celular enquanto atendia ocorrência

Sargento foi condenado a 4 anos de reclusão, em regime semiaberto

Por Dayene Paz | 26/07/2024 11:48
Imagem aérea da cidade de Três Lagoas, onde ocorreram os fatos. (Foto: Divulgação)
Imagem aérea da cidade de Três Lagoas, onde ocorreram os fatos. (Foto: Divulgação)

O terceiro sargento da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), Fabiano da Silva, foi preso por furtar um celular enquanto atendia ocorrência, na cidade de Três Lagoas, distante cerca de 331 quilômetros de Campo Grande. Condenado após auditoria militar a 4 anos de reclusão, em regime semiaberto, ele mesmo se apresentou as autoridades no dia 16 de julho deste ano. Um soldado que estava no dia do crime também foi condenado.

O caso aconteceu no dia 23 de abril de 2019, quando o sargento Fabiano e o soldado foram acionados para atender uma ocorrência de "vias de fato" no Bairro Montanini.

A dona do celular modelo Samsung J6, que na época valia menos de R$ 1 mil, disse que o marido e um mecânico saíram de carro Volkswagen Gol, onde o aparelho estava, para atender uma pessoa que precisa de apoio com outro veículo. Ao chegarem no local, o marido dela e o mecânico se desentenderam com o dono do veículo que apresentava problemas. Eles passaram a brigar e a Polícia Militar foi acionada.

Sargento e soldado chegaram na ocorrência, onde falaram com as partes envolvidas, ficaram por determinado tempo, e foram embora. Enquanto faziam o atendimento, uma testemunha viu Fabiano pegando o aparelho, que estava no banco do passageiro do Gol. A mulher conta que quando o marido chegou com o mecânico, percebeu que o celular não estava mais dentro do carro.

Ela então foi até o Batalhão de Três Lagoas, onde questionou se a ocorrência foi registrada e se os militares haviam visto o celular. Diante de uma resposta negativa, a mulher rastreou o aparelho, que bateu com o endereço onde os policiais estavam naquele momento, conforme a investigação. Então, o caso passou a ser investigado pela auditoria militar como peculato/furto.

Em depoimento, Fabiano disse que foi atender ocorrência de trânsito naquele dia, mas quando chegou no local não havia crime e apenas um carro obstruindo uma garagem. Orientado a não registrar ocorrência pela ausência de crime, segundo ele, viu o celular e tentou desbloquear para achar o dono do carro. Depois, devolveu o aparelho no veículo.

Já o soldado relatou que viu o parceiro Fabiano mexendo no aparelho quando estavam em deslocamento para outras ocorrências e que Fabiano disse "não da nada". Os dois acabaram condenados pela Justiça Militar: Fabiano a 4 anos em regime semiaberto e o soldado a seis meses de detenção.

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