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Interior

Secretária diz que impasse sobre Casa do Trabalhador é “assunto superado”

Em nota hoje, diretor-presidente da Funtrab promete procurar prefeita de Dourados para tentar nova negociação

Helio de Freitas, de Dourados | 11/07/2017 18:29
Casa do Trabalhador está fechada desde o dia 30 de junho (Foto: Waldemar Hozano/Divulgação)
Casa do Trabalhador está fechada desde o dia 30 de junho (Foto: Waldemar Hozano/Divulgação)

Desde 30 de junho, pelo menos 300 pessoas que precisam dar entrada no seguro-desemprego, tirar Carteira de Trabalho ou estão procurando uma vaga para trabalhar deixam de ser atendidas diariamente em Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande.

No fim de junho, a Funtrab (da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul) anunciou que a Casa do Trabalhador, localizada na Avenida Weimar Gonçalves Torres, seria fechada temporariamente para melhorias internas.

Entretanto, quase duas semanas se passaram e a agência continua fechada. Moradores que precisam de atendimento estão procurando unidades em cidades vizinhas para dar entrada no seguro-desemprego.

Ontem (10), a Funtrab afirmou que o impasse ocorre por culpa da prefeitura, que se nega a fornecer servidores para o atendimento, contrariando um termo de cooperação assinado no ano passado. A fundação também apontou dificuldade em dialogar com a prefeita Delia Razuk (PR).

A prefeitura cedia três servidores efetivos, mas a Funtrab solicitou mais 12 funcionários, segundo informações de pessoas ligadas à administração municipal.

Nesta terça-feira, a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Rose Anne Vieira, disse ao Campo Grande News que o assunto envolvendo a Casa do Trabalhador está “superado” e a prefeitura toma providências, em parceria com a Superintendência do Trabalho, para atender os moradores.

“É a Superintendência do Ministério do Trabalho que mantém a Funtrab aqui através de repasse de recurso federal. Nós e o Ministério do Trabalhamos tínhamos que ser comunicados com 30 dias de antecedência, mas não houve essa comunicação”, afirmou ela.

Rose Vieira disse que a questão com o estado é “pauta vencida” e a prioridade é fazer as adaptações necessárias na gerência regional do MTE, na Rua Coronel Ponciano, para garantir a retomada do atendimento.

Segundo ela, só o superintendente do Ministério do Trabalho em MS, Vladimir Benedito Struck, poderia falar o “real motivo” que levou ao fechamento da Casa do Trabalhador em Dourados. A reportagem procurou a Superintendência do MTE, mas não houve uma manifestação.

Funtrab – Em outra nota distribuída na tarde de hoje pela assessoria de imprensa, o diretor-presidente da Funtrab, Wilton Acosta, afirmou que está empenhado em encontrar uma solução para a suspensão temporária dos trabalhos na Casa do Trabalhador em Dourados.

“Estamos procurando agendar uma audiência com a prefeita Délia Razuk para encaminhar uma solução à suspensão do atendimento em Dourados”, afirmou.

Ainda segundo a assessoria, a unidade passa por reestruturação para readaptação nas redes elétrica e hidráulica e correção no sistema de informática.

Conforme a Funtrab, o termo de cooperação assinado ano passado, ainda na administração anterior, prevê “parceria entre a prefeitura de Dourados e a fundação, visando o bom funcionamento e prestação de serviço de qualidade ao trabalhador”.

Pelo documento, cabe ao município ceder servidores com perfil adequado ao bom atendimento, enquanto a Fundação se responsabiliza pelas despesas com aluguel, IPTU, água, luz e telefone, bem como adequar as instalações físicas, supervisionar o funcionamento além de fornecer material de consumo, expediente e permanente.

“Acreditamos na compreensão da prefeita Délia Razuk e esperamos que a administração de Dourados possa agilizar a cedência de pessoal e, assim, possamos dar o atendimento que a população de Dourados espera”, afirmou Acosta.

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