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Interior

Segunda fase de operação mira farmácia que desviava remédio público

PF, CGU e MPF desencadearam segunda fase da operação que teve início no dia 15 de junho do ano passado, que constatou desvio de R$ 520 mil em remédios

Renata Volpe Haddad | 24/05/2017 07:47
No ano passado, PF fez buscas e apreensões em farmácia municipal de Naviraí(Foto: Umberto Zum/ Arquivo)
No ano passado, PF fez buscas e apreensões em farmácia municipal de Naviraí(Foto: Umberto Zum/ Arquivo)

Polícia Federal, CGU (Controladoria Geral da União e MPF (Ministério Público Federal), deflagram nesta quarta-feira (24), a segunda fase da Operação Tarja Preta, que investiga desvio de remédios de farmácia pública, em Naviraí, distante 366 km de Campo Grande.

Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em uma farmácia e na residência de indivíduo suspeito de participação direta na Organização Criminosa. O homem não teve o nome divulgado.

A primeira fase da operação foi desencadeada no dia 15 de junho do ano passado e constatou o desvio de R$ 520 mil, como "perdas" de remédios, para dissimular o esquema de desfalque. As investigações começaram em 2015 e dizem respeito a gestão municipal que comandou Naviraí entre 2013 e 2016.

Hoje, os policiais querem encontrar outros documentos que comprovem as provas já levantadas na investigação sobre o esquema e possivelmente descobrir outras fraudes realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde.

Primeira fase - Investigações apuraram que em apenas um ano, o grupo desviou dos cofres públicos mais de R$ 500 mil.

No total, 90 policiais federais, com apoio de nove servidores da CGU (Controladoria Geral da União), cumpriram 17 mandados de busca e apreensão, 12 mandados de condução coercitiva e dois de sequestro de bens de investigados.

Conforme a Polícia Federal, as investigações começaram após a constatação da existência de um grupo ligado ao prefeito de Naviraí com fornecimento direcionado de medicamentos, em prejuízo a população carente.

O relatório da CGU constatou ainda prejuízos aos cofres públicos e a existência de pessoas beneficiadas pela distribuição de medicamentos e o uso político na farmácia, que através de funcionários públicos, desviavam remédios.

A quadrilha se especializou em desvio de medicamentos e fez outros gastos com a aplicação de recursos federais repassados pelo Ministério da Saúde na aquisição de de medicamentos do Programa de Atenção Básica em Saúde. A operação desencadeada pela PF também conta com o apoio do Ministério Público Federal.

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