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Interior

"Sem inimigos", ex-vice-presidente não tinha seguranças para evitar gastos

A declaração é da cunhada do ex-vice-presidente, Marta Bareiro, que revelou que o ex-vice-presidente acrediatava não ter inimigos

Adriano Fernandes e Helio de Freitas | 09/09/2020 21:36
Ex-vice-presidente do Paraguai, Óscar Denis Sánches. (Foto: Abc Color)
Ex-vice-presidente do Paraguai, Óscar Denis Sánches. (Foto: Abc Color)

Sequestrado nesta tarde (09) por um grupo terrorista o ex-vice-presidente do Paraguai, Óscar Denis Sánches, não aceitava a segurança que todos os ex-ocupantes da presidência têm direito para evitar gastos. A declaração é da cunhada do ex-vice-presidente, Marta Bareiro.

Em entrevista ao portal ABC Color a mulher ainda informou que Óscar Denis, dizia não ter inimigos. “Ele nunca teve guarda, não aceitou. A gente nunca levou guardas para o campo”, diz.

Desembarque do presidente do Paraguai na região onde Óscar foi sequestrado. (Foto: Divulgação)
Desembarque do presidente do Paraguai na região onde Óscar foi sequestrado. (Foto: Divulgação)

Por volta das 19h30 desta noite o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez chegou ao quartel das forças armadas no distrito de Arroyto, nos arredores de Yby Yaú, de onde acompanham as buscas da FTC (Força Tarefa Conjunta) ao ex-vice-presidente.

Óscar Denis Sánches foi sequestrado pelo grupo terrorista EPP (Exército do Povo Paraguaio), em sua propriedade que fica a cerca de 60 quilômetros de Yby Ya'u, cidade no Departamento de Concepción, onde na última semana, duas meninas de 11 anos, que seriam filhas de integrantes do grupo foram mortas em confronto com militares paraguaios.

Além de Óscar, um de seus funcionários também está desaparecido. Conforme apurado pela reportagem já havia uma suspeita entre as autoridades paraguaias de uma reação do EPP após o confronto da última semana.

Além de já ter sido senador e deputado no Paraguai, Óscar Denis Sánches foi vice-presidente de Federico Franco, indicado pelo congresso depois que o então presidente do Paraguai, Fernando Lugo, foi cassado em 2012.


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