Só 18 anos depois, major condenado por tortura pode ser expulso
João Urbano Dominoni Júnior torturou três homens em 2003, além de ser condenado por corrupção passiva
Condenado por tortura quase 18 anos atrás, o ex-comandante da PM (Polícia Militar) em Coxim, major João Urbano Dominoni Júnior, será julgado sobre perda do posto e patente quase 18 anos após o crime. A representação foi feita pelo governador Reinaldo Azambuja, se referindo ao processo administrativo Conselho de Justificação.
Em agosto de 2003, Dominoni Júnior torturou, junto com outros policiais, três homens para que confessassem o nome do traficante que havia os vendido uma porção de maconha. Conforme consta em processo, as vítimas foram obrigadas a se ajoelhar enquanto recebiam tapas na nuca e cabeça.
Ainda conforme relatado, os policiais subiram em seus calcanhares enquanto os agrediam nos pés com uma mangueira e taco de bilhar. Uma das vítimas teve a orelha apertada por alicate.
Em 2004, o major foi condenado a três anos e seis meses de prisão, enquanto os soldados Adauto Tenório dos Santos, Almir Rogério Silva de Oliveira, Rogério da Silva de Oliveira e Tsuyoshi Sonohata foram condenados a dois anos e quatro meses.
Referente a outro caso cometido em 2003, o major foi condenado a dois anos e oito meses por corrupção passiva.
Agora, o militar será julgado pelo Tribunal de Justiça, em instância única, se é moralmente capaz ou incapaz de continuar sendo parte da Corporação da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul.