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Interior

Só gerente de prostíbulo com adolescentes continua preso

Cozinheira, piscineiro e segurança foram soltos durante audiência de custódia nesta tarde

Helio de Freitas, de Dourados | 27/04/2023 15:31
Casa de prostituição na Rua Ponta Porã, onde adolescentes eram exploradas (Foto: Adilson Domingos)
Casa de prostituição na Rua Ponta Porã, onde adolescentes eram exploradas (Foto: Adilson Domingos)

Dos três homens presos ontem (26) acusados de exploração sexual de duas adolescentes de 13 e 15 anos em uma casa de prostituição em Dourados (a 251 km de Campo Grande), apenas o gerente do estabelecimento, Vitor Felipe Dias de Godoi, 24, vai continuar atrás das grades.

Durante audiência de custódia nesta tarde, os advogados de defesa Renan Pompeu e Rubens Saldivar conseguiram liberdade para o segurança da boate “Casa Verde”, Taiuan Gabriel de Oliveira Barbosa, 20, e para o piscineiro Gilvan de Assis Figueiredo, 43.

A cozinheira do local, Ana Cláudia Oliveira Lourenço de Souza, 50, que tinha sido presa ontem acusada de favorecimento de prostituição, também vai ficar em liberdade. Assim como os outros dois homens, ela terá de cumprir medidas cautelares.

Os advogados Renan Pompeu e Rubens Saldivar assumiram defesa (Foto: Adilson Domingos)
Os advogados Renan Pompeu e Rubens Saldivar assumiram defesa (Foto: Adilson Domingos)

Vitor Godoi vai responder por estupro de vulnerável, tráfico de drogas, favorecimento da prostituição e rufianismo. As adolescentes contaram que ele forneceu droga a elas. Mesmo em liberdade, Gilvan e Taiuan vão responder por estupro de vulnerável e Ana Cláudia por favorecimento da prostituição.

A casa de prostituição funcionava na Rua Ponta Porã, no Jardim Progresso, área nobre da região oeste de Dourados. O estabelecimento foi fechado pela Guarda Municipal e pelo Conselho Tutelar após denúncia da avó das adolescentes.

Moradores na Sitioca Síria Rasselen, as duas irmãs de 13 e 15 anos saíram de casa terça-feira falando que iam para o prostíbulo, para ganhar dinheiro e ajudar no sustento da família.

Por volta de 6h da manhã de ontem, a adolescente de 15 anos ligou para a avó e disse que ela e a irmã estavam se prostituindo e pediu autorização para ficarem uma semana no local.

A avó das meninas disse não ter concordado. Como percebeu que as netas estavam bêbadas, ela avisou o Conselho Tutelar. Quando os conselheiros chegaram ao prostíbulo com a Guarda Municipal, as duas meninas estavam no local junto com outras garotas de programa adultas.

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