Três Lagoas contesta dados do Ministério e diz que infecção por dengue é baixa
Levantamento mostra Três Lagoas como a cidade de MS com maior risco de infestação de Aedes aegypti
Após aparecer como o município com maior risco de infestação de Aedes aegypti em Mato Grosso do Sul nos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, o município de Três Lagoas alegou que o índice de infecção, na verdade, é muito menor que o indicado.
Os dados são do 4º LIRAa/LIA (Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti/Levantamento de Índices Amostral) e indicavam que a cidade era a única de Mato Grosso do Sul a ter apresentando índice de 9,4% de infestação em janeiro. O valor significa que a cada 100 imóveis visitados pelos agentes de saúde, quatro ou mais continham larvas do mosquito.
No entanto, o município de Três Lagoas contestou os dados da Vigilância e alegou que foram 2.918 imóveis visitados em janeiro deste ano, com índice de 3,1% de infestação. Os focos de mosquitos encontrados estão 80,9% nas residências, 10,1% nos comércios e 9% nos terrenos baldios.
No ano passado, foram 2.715 casos notificados para a dengue em Três Lagoas, sendo que 1.032 foram confirmados.
Coordenação Municipal de Endemias da cidade informou que todas as informações coletadas são encaminhadas para a SES (Secretaria de Estado de Saúde) e, então, encaminhada ao Ministério da Saúde/Secretaria de Vigilância em Saúde.
Os levantamentos do LIRAa são realizados conforme preconização da SES. No ano passado, foram feitas seis pesquisas em Três Lagoas, nos meses de janeiro, março, maio, julho, setembro e novembro.
De acordo com a SMS (Secretaria Municipal de Saúde), os resultados são utilizados para saber em quais bairros é necessário a intensificação das ações para cortar a cadeia de transmissão das arboviroses (dengue, zika e chikungunya).
O município afirmou ainda que segue as diretrizes nacionais para as atividades de controle de vetores, inclusive a classificação do LIRAa, assim como zoneamento (sistema de micro áreas) com quantidade adequada de imóveis e Agentes de Endemias para todas as atividades preconizadas; quadro de supervisores; equipe de bloqueio de transmissão; equipe de educação em saúde; equipe de pontos estratégicos; equipe para recuperação de imóveis para aluguel e venda em parceria com as imobiliárias e corretores; recolhimento de pneumáticos; monitoramento de logradouros com tratamento com biolarvicida (bueiros, galerias, etc); veículos, motos, equipamentos costais motorizados e equipamentos de UBV pesado/fumacê.