Três Lagoas é cidade de MS com maior risco de infestação de Aedes aegypti
Levantamento mostrou que a cada 100 imóveis visitados, 4 ou mais continuam com larvas do mosquito
Três Lagoas, a 338 km de Campo Grande, está entre as 218 cidade do País com alto risco de infestação de Aedes aegypti. Conforme o 4º LIRAa/LIA (Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti/Levantamento de Índices Amostral) de 2022, realizado entre outubro e novembro e atualizado em dezembro, a cidade é a única de Mato Grosso do Sul a ter apresentando índice de 9,4% de infestação.
O valor significa que a cada 100 imóveis visitados pelos agentes de saúde, quatro ou mais continham larvas do mosquito, transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. A Secretaria Municipal de Saúde de Três Lagoas divulgou o primeiro LIRAa deste ano, com os dados levantados em janeiro.
Conforme os dados, os focos de mosquitos encontrados estão 80,9% nas residências, 10,1% nos comércios e 9% nos terrenos baldios. De acordo com o alerta do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado de Saúde, é possível que uma epidemia de dengue seja registrada neste verão, devido ao calor e chuva prevista para a estação.
Em contato com o Campo Grande News, a Prefeitura de Três Lagoas informou que o setor de Endemias da SMS (Scretaria Municipal de Saúde) “já havia alerta sobre o aumento de casos nesse início de ano, vindo, inclusive, do Ministério da Saúde”, mas afirma que, mesmo com aumento, não chega aos dados apresentados e que o setor está fazendo o levantamento para expor a situação.
O município apontou também que a pasta e demais secretarias estão “se empenhando desde o meio do ano passado para tentar conter esse aumento, com alerta e orientação à população, bem como o mutirão de limpeza que passou por diversos bairros endêmicos da cidade e continua com cronograma em aberto”.
No levantamento estadual, o boletim epidemiológico confirmou sete casos em Maracaju, três pessoas com dengue em Três Lagoas e Aquidauana, além de duas em Caracol, Itaquiraí e Rio Brilhante, e um caso em Água Clara, Corumbá, Batayporã e Itaporã.