Uems repudia 'violência e intolerância' após suástica ser desenhada em obra
Depois que um painel artístico foi depredado na Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), com os números 17, o nome Bolsonaro e até uma suástica sobre o desenho de uma mulher com câncer de mama, a administração da unidade informou que é contra a “quaisquer manifestações de desrespeito, violência e intolerância em suas dependências”.
Na Cidade Universitária onde ocorreu a situação, também funcionam os cursos da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), em Dourados, a 233 km de Campo Grande.
Em nota a universidade também informou que esta “atenta ao momento vivenciado pela população por conta das eleições de 2018”, já que um dos rabiscos faz menção ao candidato a presidência, Jair Bolsonaro (PSL). E acrescentou.
“Ciente do papel transformador da educação superior na construção de uma sociedade inclusiva, a Universidade reafirma o seu posicionamento em prol da ética, da moralidade, da diversidade, da pluralidade de pensamento, dos direitos humanos e, principalmente, da democracia”, conclui.
A UFGD informou que não vai se posicionar sobre o ocorrido pois segundo o campus, o local onde houve a depredação fica na área da Uems.
O caso – O painel artístico foi depredado menos de 24 horas depois de ser montado na Cidade Universitária. Instalado no tapume de uma construção da Uems, perto da biblioteca da UFGD, o painel foi rabiscado com caneta. Sobre vários desenhos foi escrito o número 17.
Em um deles foi escrita a palavra “Bolsonaro”. No desenho da artista douradense Bi Miura em homenagem ao outubro rosa, também foi feita uma suástica, adotada como símbolo do nazismo pelo ditador alemão Adolf Hitler.
Com o tema “Bonita é a mulher que luta”, o desenho foi feito pela artista em homenagem à sua mãe, que teve câncer de mama. Simboliza uma mulher que passou por uma mastectomia, a cirurgia de retirada da mama.