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Interior

Vídeo de estupro vaza na internet e polícia caça quem compartilhou imagens

Usuários que enviaram conteúdo podem pegar até 6 anos de prisão.

Ricardo Campos Jr. | 11/08/2017 10:34

Imagens de uma menina de 9 anos sendo estuprada em Nova Andradina, a 300 quilômetros de Campo Grande, vazaram na internet e quem recebeu e compartilhou as imagens poderá responder pelo crime de transmitir e armazenar fotos ou vídeos de crianças em cenas íntimas, cuja pena varia de 3 a 6 anos de prisão.

A delegada que investiga o caso, Daniella de Oliveira Nunes Leite, disse ao Campo Grande News que está tentando identificar os responsáveis pela divulgação do material usado como evidência no inquérito.

“Quem gravou no intuito de provar que houve o estupro, para materializar o abuso, não está cometendo crime, mas quem iniciou a divulgação do material, sim”, declara.

As imagens estão circulando pelo WhatsApp, o que dificulta o trabalho da polícia, já que a empresa que desenvolveu o aplicativo não divulga os materiais que os usuários mandam ou recebem. Contudo, a polícia já está rastreando as pessoas que estão disseminando o conteúdo ilegal na rede.

Daniella explica que o simples fato de receber de alguém o vídeo do estupro não configura crime, desde que a pessoa apague o conteúdo e não o repasse adiante. Assim, a delegada faz um apelo para que as pessoas parem de expor a criança, pois a situação é de vulnerabilidade.

Crime – O suspeito é um homem de 57 anos, aposentado, vizinho da família da vítima. A garota frequentava a casa dele e segundo apuraram os investigadores, há indício de que ela teria sido abusada em outras ocasiões.

Ontem, a criança foi até a residência dele e foi flagrada por testemunhas, que conseguiram filmar o crime escondido e chamaram a Polícia Militar.

Preso, o suspeito foi levado à delegacia. A Justiça já decretou a prisão preventiva dele, que vale por tempo indeterminado. Por enquanto o homem ainda está na cela da delegacia de Nova Andradina, mas deve ser encaminhado ainda hoje ao estabelecimento penal masculino local.

Segundo a delegada, a família foi ouvida e a polícia não encontrou indícios de que os parentes dela soubessem dos estupros, então nenhum deles deve ser indiciado.

A vítima passou por exame corpo de delito em Dourados e passa por atendimento psicológico acompanhada pelo Conselho Tutelar da cidade.

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