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Interior

Vítimas de naufrágio de barco-hotel estavam sem coletes salva-vidas

Viviane Oliveira e Priscila Peres, enviada especial a Porto Murtinho | 25/09/2014 09:31
Bombeiros se preparando para as buscas. (Foto Marcelo Calazans)
Bombeiros se preparando para as buscas. (Foto Marcelo Calazans)
Polícia Militar Ambiental também está envolvida nas buscas. (Foto Marcelo Calazans)
Polícia Militar Ambiental também está envolvida nas buscas. (Foto Marcelo Calazans)

Nenhum dos 27 ocupantes do barco-hotel que naufragou depois de uma tempestade na tarde ontem (24), no Rio Paraguai, em Porto Murtinho, usava colete salva-vidas, de acordo com a Marinha do Brasil e o Corpo de Bombeiros da cidade. Ainda há 10 turistas e três tripulantes da embarcação desaparecidos.

De acordo com a Marinha do Brasil, no momento em que faltavam 300 metros para o barco chegar ao destino, as pessoas estavam sem o colete, segundo as investigações já realizadas. No final da tarde, um tornado com ventos de até 93 km/h atingiu a região. O barco virou e afundou em um trecho que varia de 20 a 40 metros de profundidade.

Dois corpos foram localizados ontem, o do engenheiro agrônomo Sidinei Romano e do dono da embarcação, Luiz Penayo.

Dez das 13 pessoas desaparecidas foram identificadas como: Lucas Orlando; Pedro Alves Borges; Antônio Moacir Pontelo; Leandro Donizete Alves; Eloy Miller;Marcos de Aguiar Luz; Manuel Coelho; Paulo Aparecido Barbosa; Benedito Barbosa; Tito e Erinson Gibim.

Equipes do Exército, Defesa Civil, Marinha do Brasil, Polícia Militar Ambiental e bombeiros das cidades de Porto Murtinho, Campo Grande, Dourados e Jardim ajudam nas buscas. As pessoas que conseguiram se salvar do naufrágio tiveram que enfrentar as correntezas do Rio Paraguai a nado para chegar até as margens, onde foram socorridas.

O naufrágio foi o segundo em Mato Grosso do Sul em dois dias. Na terça-feira, um barco militar havia afundado, também no Rio Paraguai, na região de Forte Coimbra, em Corumbá, município a 419 quilômetros de Campo Grande. Duas pessoas morreram. As causas estão sendo investigadas pela Marinha da Bolívia.

Estragos - O prefeito de Porto Murtinho, Heitor Miranda (PT), decretou estado de calamidade após o tornado de ontem. Apesar das dezenas de árvores caídas, comércios e residências destalhadas e outros estragos pela cidade, não há informações de desabrigados.

Hoje, o dia é de contas os estragos e fazer a limpeza da cidade, que tem um rastro de estragos deixados pela tempestade, principalmente árvores caídas na rua.

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