Jornalista vai a júri popular pela morte de Rogerinho
Exatamente um ano após a morte do menino Rogério de Mendonça Pedra Filho, de 2 anos, durante uma briga de trânsito, o juiz Carlos Alberto Garcete, responsável pelo processo contra o autor, o jornalista Agnaldo Ferreira Gonçalves, de 61 anos, decidiu ontem que ele vai ser levado a júri popular.
A sentença de pronúncia informa que Agnaldo será julgado por 5 crimes: homicídio simples em relação à morte de Rogerinho e tentativa de homicídio em relação ao avó do menino, João Afonso Pedra, que foi ferido a tiro, à irmã do garoto, Ana Maria Mendonça Pedra e ao tio do garoto, Aldemir Pedra Neto, com que o jornalista se desentendeu no trânsito e acabou atirando no carro onde estava Rogerinho e os familiares.
Ele também será processado pelo porte ilegal de uma arma, um revólver 38. Agnalto tinha registro, mas não poderia andar armado, como admitiu em juízo.
Ontem à noite, a família de Rogerinho fez uma missa para lembrar o primeiro ano da morte do garoto.
Processo polêmico - O caso se transformou em um dos mais rumorosos no estado desde o dia em que uma briga de trânsito acabou tirando a vida de uma criança.
Depois de várias decisões determinando a prisão e a soltura, Agnaldo está preso desde o dia 9 de setembro deste ano, porque, segundo a Justiça, forneceu endereço falso em Praia Grande, litoral de São Paulo, para onde teria se mudado depois do crime.
Também corre na Justiça um processo em que a família do menino morto pede indenização de R$ 1,2 milhão a Agnaldo. Neste processo, o jornalista foi acusado de forjar uma certidão de separação da mulher para evitar pagar a indenização.