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Cidades

Justiça bloqueia R$ 100 mil que seriam usados em fuga violenta de preso

Com armas potentes, grupo resgataria preso em consulta médica no Centro

Luana Rodrigues | 21/06/2017 17:25
Armas apreendidas durante a operação da PF (Foto: divulgação/Polícia Federal)
Armas apreendidas durante a operação da PF (Foto: divulgação/Polícia Federal)

A 1ª Vara Criminal de Três Lagoas bloqueou nesta terça-feira (20) R$ 100 mil reais em dinheiro que estavam em contas de investigados na operação Cerberus, deflagrada pela PF (Polícia Federal) há uma semana.

A ação prendeu membros de uma quadrilha que planejava a fuga de Tiago Vinícius Vieira, 31 anos, interno do Presidio de Segurança Máxima em Campo Grande, durante escolta de consulta médica no Centro.

De acordo com o delegado Vinícius Zangirolani, da PF, além do bloqueio de contas, também foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva contra Matheus da Silva Alves, Deyvidson Júnior Lourival de Souza Oliveira e a namorada de Tiago, Mayara Alves de Souza, 25 anos.

Os quatro já estavam presos desde o último dia 13, em virtude de terem sido flagrados com armas de fogo de grosso calibre, munições e coletes balísticos.

Operações - Na terça-feira (13), a Polícia Federal desencadeou a Operação Cerberus para investigar organização criminosa especializada em contrabando de armas. Os investigados, segundo a PF, planejavam resgatar o preso Tiago Vinícius Vieira, 31 anos, interno do Presidio de Segurança Máxima e matar agentes penitenciários.

As investigações começaram em março, quando o líder da organização criminosa planejou tentativa de fuga da Penitenciária de Três Lagoas com uso de uma pistola calibre .380.

Após esta primeira tentativa, o presidiário foi transferido para a Penitenciária de Segurança Máxima da Capital. Ele, então, passou a contar com o apoio de sua namorada e outros três comparsas para contrabandear armas de fogo, além de planejar nova tentativa de fuga e possível assassinato de agentes penitenciários durante escolta para consulta médica.

Os envolvidos vão responder pelos crimes de formação de organização criminosa, posse e comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito e fuga de preso, cujas penas somadas podem chegar a 28 anos de prisão.

Em poder deles, foram apreendidos quatro veículos, seis pistolas, cinco coletes balísticos especiais, relógios, objetos de alto valor, além de R$ 8 mil.

Ainda não se sabe com seria o resgate, mas segundo o delegado da Polícia Federal, Cléo Mazzotti,a ação seria violenta por conta da quantidade de armas. “A vida de civis e agentes da segurança pública seriam colocadas em risco”, afirma a autoridade policial.

Os mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos na região dos bairros Rita Vieira, Morumbi e Itamaracá. Tudo indica, segundos a polícia, que as armas eram compradas no Paraguai e seriam revendidas no sudeste do País.

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