Ministro da Defesa diz que ausência de apreensões é diferencial na Ágata 2
Celso Amorim fez declaração nesta quinta-feira durante visita ao município de Dourados
Em visita ao município de Dourados nesta quinta-feira, o ministro da Defesa, Celso Amorim, destacou que a ausência ou baixo número de apreensões são os diferenciais na Operação Ágata 2, desencadeada na última sexta-feira em Mato Grosso do Sul e outros três estados.
Para o ministro, o fato mostra que o crime se retrai no período da ação.
Ele se reuniu hoje com os comandos militares do Estado e ressaltou ainda outras operações permanentes, como a Sentinela.
Amorim também não descartou a extensão da operação Ágata 2 por meio de planos estratégicos nas regiões de fronteira seca.
Conforme o ministro, o prolongamento da ação pode ocorrer baseado no exemplo da Ágata 1, no Amazonas, onde criminosos voltaram a atuar depois do encerramento da operação.
Celso Amorim desembarcou em Dourados nesta quinta-feira por volta das 12 horas num jato da Força Área Brasileira e, após visitar o acampamento das Forças Armadas no aeroporto municipal, seguiu para a 4ª Brigada, onde se reuniu com autoridades como os comandantes das forças militares, o governador André Puccinelli (PMDB) e o prefeito Murilo Zauith (PSB).
O prefeito de Dourados comemorou a presença das tropas militares na região no combate a crimes como contrabando e tráfico de drogas.
Segundo informações da assessoria da prefeitura, o prefeito disse acreditar que a efetivação do trabalho, com apoio direto aos organismos policiais, pode ser a solução para a redução dos crimes provenientes da região de fronteira que afetam todo País.
Após a agenda, o ministro almoçou no próprio quartel e deixou a segunda maior cidade do Estado por volta das 15 horas.
Ágata 2 - A Operação Ágata 2 monitora pelo menos 42 pontos em Mato Grosso do Sul, entre fixos e móveis, e tem 1,6 mil militares do Exército, 300 da Marinha e 450 da Força Aérea Brasileira, além do efetivo de apoio de policiais federais, rodoviários federais e da Polícia Militar.
Em todo País mobiliza 7 mil militares nos quatro estados. A ação é desdobramento da Ágata 1, que foi realizada na Amazônia no mês passado, com destruição de pistas de pousos clandestinas e combate a crimes ambientais. Ambas fazem parte do plano estratégico de fronteiras lançado pelo governo federal.
Segundo balanço divulgado pelo CMO (Comando Militar do Oeste) ontem à noite, a Ágata 2 vistoriou mais de 6.600 veículos no Estado, efetuou apreensões de produtos contrabandeados, madeira irregular, 2 kg de maconha, 400 gramas de cocaína, além de interceptar 12 aeronaves desde sexta-feira.
Nesta semana, o efetivo militar trabalha também no combate e fiscalização sobre o foco de aftosa registrado no Paraguai. São 33 pontos de risco monitorados nos municípios da fronteira em conjunto com a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal).