Mortes por dengue cresceram 150% em MS, aponta Ministério
O número de mortes por dengue aumentou 150% em Mato Grosso do Sul neste ano na comparação ao mesmo período do ano passado, conforme divulgou hoje o Ministério da Saúde. De acordo com o levantamento, este ano foram 5 mortes enquanto no ano passado foram 2 registradas.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, este ano foram duas mortes em Campo Grande e uma em Três Lagoas e outras duas de bolivianos em Corumbá. Este número é contestado pelo Governo do Estado, que não considera as mortes de estrangeiros.
Já o número de casos graves teve redução de 27%, passando de 128 no ano passado para 94 em 2012.
O levantamento aponta que MS acompanha a redução dos casos graves, que em todo país teve queda de 64% na comparação com o ano passado. Nacionalmente foram 17.027 registrados de janeiro ao inicio de novembro, enquanto no mesmo período deste ano foram 3.774.
Também foi registrada a diminuição no número de mortes, que caíram de 481 em 2011 para 247 em 2012.
Conforme o levantamento, o Centro-Oeste foi a única região do país a registrar aumento dos casos graves da doença. A soma dos índices de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal aponta que este tipo de caso de dengue teve elevação de 44%, passando de 587 para 845. O aumento também foi nas mortes, que passaram 35 para 49 nos dez primeiros meses deste ano.
Alerta – O Ministério também divulgou hoje o Lira (Levantamento de Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypt) e que aponta seis municípios do Estado em alerta para a dengue.
Bodoquena, Corumbá, Jardim, Naviraí, Porto Murtinho e Ivinhema estão com o Lira entre 1 e 3,9. Conforme o Ministério, os municípios classificados como de risco apresentam larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis pesquisados. É considerado estado de alerta quando menos de 3,9% dos imóveis pesquisados têm larvas do mosquito, sendo índice é satisfatório quando está abaixo de 1% de larvas do Aedes aegypti.
No Centro-Oeste, a maior parte dos criadouros do mosquito se concentra no lixo em terrenos baldios, cerca de 36,1%. Em segundo aparecem os depósitos domiciliares com 32,2% e 31,7% nos sistemas de abastecimento de água.