Operação da PF em MS acaba em exoneração de assessor da Presidência
O assessor da Subchefia de Assuntos Federativos da Presidência da República, Idaílson Vilas Boas Macedo, foi exonerado do cargo ontem (20). A informação foi divulgada em nota no início da noite, por conta do possível envolvimento dele no esquema de lavagem de dinheiro e que culminou em uma operação da Polícia Federal. Deflagrada na quinta-feira (19), os agentes estiveram em Porto Murtinho e Ponta Porã, a 323 quilômetros da Capital.
A nota ressalta que após notícias de que ele faria parte do bando criminoso, foi aberta uma sindicância para apurar os fatos. Horas antes, o jornal O Estado de São Paulo divulgou uma reportagem em que Idaílson intermediava conversas entre prefeitos e aliciadores do esquema.
Por conta do envolvimento, a Polícia Federal pediu a sua prisão, além do bloqueio de contras e ainda buscas em sua residência, segundo a Agência Brasil. No entanto, a Justiça negou o pedido de prisão de Macedo, já acusado de tráfico de influência e formação de quadrilha. No seu caso, a PF possui ligações interceptadas como prova, inclusive de uma conversa com um prefeito.
Com 102 mandados a cumprir, sendo 5 de prisão preventiva, 22 de temporária e 75 de busca e apreensão, a Operação Miquéias já cumpriu os 4 mandados de busca no Estado, além de prender 19 pessoas no Distrito Federal, Rio de Janeiro e Goiás.
De acordo com a PF, a quadrilha lavou cerca de R$ 300 milhões, sendo R$ 50 milhões de recursos de fundos de investimentos do Regime Próprio de Previdência Social administrados por prefeituras.
A Operação batizada “Miquéias” contou com apoio do Ministério da Previdência Social e da Comissão de Valores Mobiliários. Miquéias denunciava os governantes, chefes e ricos das cidades de Jerusalém e Samaria que roubavam o povo através da língua enganosa, com armadilhas, exigiam presentes e subornos.