Para controlar ansiedade, candidatos chegam 4h antes em locais de prova
Alguns não conseguiram ficar em casa a espera do horário da prova, outros chegaram cedo por conta do trauma dos portões fechados
Ansiedade, horário de verão e mesmo o medo de perder a prova fizeram com que muitos candidatos que, neste domingo (dia 4) prestam a prova do Enem, resolvessem chegar até quatro horas antes da abertura dos portões nos locais de prova, em Campo Grande.
Se considerar o horário que o teste começa a ser aplicado, às 12h, tem estudante que vai esperar cinco horas nas instituições. Luan José Pletsch, 19 anos, foi a pé da casa onde vive, no Bairro São Lourenço, até a Uniderp.
Mesmo não se preocupando muito com o trânsito, já que pulou cedo da cama, ele resolveu ir andando, por conta da ansiedade diante da prova. Do Maranhão, o jovem disse que mora há um ano em Campo Grande e, neste período, resolveu se alistar no Exército. Contudo, a vontade é de fazer Medicina ou Engenharia.
Já Felipe Marques da Silva, 18 anos, chegou às 8 horas. Da mesma forma, a ansiedade também foi grande, mesmo que o preparo para a prova também tenha sido alto. A preocupação maior é com a redação, que ele arrisca ser “fake news” o tema.
Amigas entre idas e vindas nos terminais de ônibus da Capital, Lindalva Vieira de Lima, 47 anos, e Rosimary Pereira dos Santos, 57 anos, chegaram cedo também sem combinar nada.
Lindalva diz que é a quarta tentativa para Pedagogia, enquanto a amiga já trabalha como assistente de educação infantil e faz o curso. Ela tenta o Enem porque possui bolsa parcial em uma universidade particular e quer conseguir uma integral.
Outro local de prova em Campo Grande é a UCDB. Por ali, a Avenida Tamandaré, principal via de acesso, já está lotada nos dois sentidos, com o trânsito lento. Para organizar o trânsito, equipes da Polícia Militar trabalham no local.
Trauma alheio - A movimentação por lá de estudantes adiantados também é grande. Com duas horas de antecedência, Tauana Martins Castro, 19 anos, disse que chegou cedo por causa do medo de perder a prova hoje. “A gente vê tantos casos e essa é minha primeira vez, não dava pra perder”.
Cinara Saraiva de Carvalho, 19 anos, presta pela segunda vez o Enen. Ela mora no Bairro Nova Lima, relativamente perto da UCDB, mas preferiu se antecipar para fazer o teste, com o objetivo de cursar Engenharia Civil.