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Cidades

Período de seca eleva em 87% casos de queimadas em Mato Grosso do Sul

Foram 1,2 mil incêndios em vegetação e terrenos baldios, somente no mês de julho. Média de 45 ocorrências por dia.

Anahi Gurgel | 30/07/2017 10:53
Incêndio em terreno em Campo Grande, neste sábado (29). Número de registros em julho teve aumento de 87% em todo o estado. (Foto: João Paulo Gonçalves)
Incêndio em terreno em Campo Grande, neste sábado (29). Número de registros em julho teve aumento de 87% em todo o estado. (Foto: João Paulo Gonçalves)

O número de incêndios em Mato Grosso do Sul somente no mês de julho teve aumento de 87% em relação ao mesmo período de 2016. Por dia, são registradas cerca de 45 ocorrências, provocadas, principalmente, pelo tempo seco que vem castigando o estado nas últimas semanas.

De acordo com o Centro de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar do estado, entre os dias 1º e 27 deste mês foram registradas 1.231 ocorrências, um avanço significativo em relação às 658 do ano passado.

Segundo a corporação, as condições climáticas são o principal motivo para o salto no número de casos, já que a baixa umidade do ar favorece a propagação do fogo.

A geada ocorrida em diversos municípios na semana passada também favoreceu o aumento nos focos de incêndio, pois a vegetação "queimada" acaba se tornando combustível para o fogo.

"Além disso, o mau hábito cultural de atear fogo em lixo, terrenos baldios e afins também têm contribuído para o aumento dos casos”, informou o tenente-coronel Waldemir Moreira Júnior.

“Foram 954 registros de incêndios florestais, e isso considerando que a vegetação ainda não está totalmente seca. Quando isso ocorrer, a partir de agosto, os casos de incêndio poderão aumentar ainda mais”, alerta.

Militares combatem fogo em terreno no municípío de Corumbá. (Foto: Batalhão do Corpo de Bombeiros de Corumbá)
Militares combatem fogo em terreno no municípío de Corumbá. (Foto: Batalhão do Corpo de Bombeiros de Corumbá)

As estatísticas apontam que, nos finais de semana, há aumento de 50% nos incêndios em vegetação, que se iniciam a partir de “limpeza” de terrenos e quintais usando fogo – recurso utilizado por boa parte da população.

“Até a queima controlada fica suspensa nesse período e quem for flagrado vai responder por crime ambiental”, informa.

No início do mês, o Governo do Estado publicou comunicado de alerta para o período de estiagem, considerado crítico entre os meses de julho e setembro.

Em quartéis de diversos municípios, o Corpo de Bombeiros tem atuado com equipe extra para prevenir e combater incêndios.

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