Prefeitos de MS pedem adiamento do início das aulas para 1º de março
Motivos vão de atraso na licitação à condição das estradas
A Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) anunciou que pedirá ao governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), o adiamento do início das aulas na rede estadual de ensino. Nesta segunda-feira (16), prefeitos de cidades de Mato Grosso do Sul votam para escolher a nova diretoria da associação.
As aulas na rede estadual estão previstas para começar em 13 de fevereiro, enquanto as datas variam na rede municipal de ensino, de acordo com cada prefeitura. A ideia é adiar para 1º de março.
De acordo com o prefeito de Bataguassu e único concorrente ao cargo de presidente, Pedro Arlei Caravina (PSDB), alguns chefes de executivos municipais procuraram a Assomasul, pois alguns estão com dificuldades em relação ao transporte escolar e estradas. “Nós vamos fazer o pedido ao governador, para que ele decida a favor de alterar o início”, disse.
No primeiro mandato, muitos prefeitos também atribuem licitações para kit escolar e merenda, por exemplo, ao pedido de adiamento. “É importante principalmente para eles, novos prefeitos, porque tem de fazer as licitações, fica muito em cima”.
Segundo o prefeito de Nioaque, Valdir Junior (PSDB), as escolas da rede municipal estão sem condição de ter aulas, pois estão sem reforma há quatro anos, afirma. “O transporte escolar também está sucateado”.
O problema em Amambai, segundo o prefeito, Edinaldo Luis Bandeira (PSDB), é semelhante ao ano passado, quando o Estado adiou o começo das aulas, por conta de problemas em estradas de cidades afetadas pelas chuvas.
Ainda de acordo com Edinaldo, por lá, 12 pontes de madeira foram destruídas durante o período de chuvas desde 2016. “Queremos esta dilação de prazo, para recuperar as estradas da zona rural”. Muito estudantes moram em fazendas e precisam do transporte escolar para chegar às escolas, pelas estradas que estão inviabilizadas.
“É um momento de união”, apoia o prefeito de Rio Verde do Mato Grosso, Mario Kruguer (PSC), que também ressalta o início das aulas próximo do carnaval. “As aulas começam e logo tem de parar, uma semana depois, por causa do carnaval”.