PRF passa a contar com registro de foto e vídeo para multar nas BRs
Com a aprovação da lei de vídeo-monitoramento das rodovias federais no fim do ano passado, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) do Estado passará a operar com oito novos radares fixos que ficarão posicionados em locais estratégicos das rodovias federais que cortam Mato Grosso do Sul.
O uso de imagens - vídeos e fotos - poderá facilitar a aplicação de multas aos infratores. Os radares já estão em processo de instalação. São 3.671 quilômetros de estradas fiscalizadas pela PRF em Mato Grosso do Sul.
Antes da lei, os policiais rodoviários usavam apenas os radares móveis, além dos fixos que pertencem ao DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte). Os registros de infração, captados por vídeo ou imagem, eram, então, repassados a PRF, que depois autuava os motoristas.
A operação continuará funcionando também com os antigos radares, mas a novidade é que os novos equipamentos foram adquiridos pela Polícia Rodoviária Federal, o que vai agilizar o trabalho da polícia.
Os radares, que estarão em funcionamento em breve, poderão registrar fotos ou vídeos e, com sensores que captam a velocidade do veículo, a infração será gravada.
Segundo o chefe substituto da Seção de Policiamento e Fiscalização da PRF, o inspetor Davidson Souza, os novos equipamentos serão mais uma ferramenta à disposição da Polícia.
“Os radares não influenciam o serviço diário de fiscalização de veículos, que eventualmente pode ter como consequência aplicação de multas, pois é o serviço que a PRF acredita ser o mais eficiente na educação para o trânsito”.
Mas para o inspetor Davidson a autuação mais eficaz é aquela feita no momento da infração.
“Uma multa aplicada em que o condutor toma conhecimento imediatamente do seu erro, contribui no mesmo momento para uma mudança de postura na viagem. Pelo menos é o que esperamos. É o princípio da educação para o trânsito: a mudança de postura”.
Ele lembra ainda que “a notificação de uma infração, seja ultrapassagem proibida, excesso de velocidade, entre outras, que foi verificada sem a abordagem do infrator, leva alguns dias para ser enviada ao endereço do proprietário do veículo, e, portanto, não tem o efeito educativo imediato”.
Por isso, a utilização de imagens feita pela PRF para aplicação de multas é “mais uma importante ferramenta à disposição do policial”, acrescentou.