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Cidades

Procurador é favorável à liberdade para cunhado de Marielly e enfermeiro

Nadyenka Castro | 30/08/2011 13:38

Hugleice e Jodimar estão presos desde julho. Eles tiveram o pedido de habeas corpus negado em caráter liminar

Hugleice, de camisa listrada e cabeça baixa, entre dois policiais. (Foto: João Garrigó)
Hugleice, de camisa listrada e cabeça baixa, entre dois policiais. (Foto: João Garrigó)
Jodimar, apontado como a pessoa que fez o aborto em Marielly. Ele nega. (Foto: Simão Nogueira)
Jodimar, apontado como a pessoa que fez o aborto em Marielly. Ele nega. (Foto: Simão Nogueira)

Presos desde a segunda quinzena de julho, Hugleice da Silva e Jodimar Ximenes Gomes, envolvidos no aborto que levou Marielly Rodrigues a morte, podem sair da cadeia nos próximos dias.

É que o MPE (Ministério Público Estadual) está favorável a soltura dos dois. O parecer pela concessão da ordem é do procurador Antonio Siufi Neto.

Com esta decisão, Hugleice e o enfermeiro Jodimar estão a um passo de serem soltos. A decisão final sobre a permanência deles na cadeia cabe aos desembargadores da 1ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

O cunhado de Marielly e o enfermeiro tiveram o pedido de habeas corpus em caráter liminar negado pela desembargadora Marilza Lúcia Fortes. Agora, os demais desembargadores avaliam o mérito.

O caso - Marielly foi vista pela última vez no dia 21 de maio. A família, incluindo o cunhado, foi às ruas procurar pela universitária e pediu ajuda das autoridades.

No dia 11 de maio o corpo da jovem foi encontrado em um canavial de Sidrolândia, sem marcas de violência e sem feto - a mesma estava grávida quando sumiu.

Em 13 de julho a Justiça, a pedido da Polícia Civil, decretou a prisão de Hugleice e Jodimar. O primeiro acabou por confessar que ele levou a irmã da esposa para fazer aborto na casa de Jodimar, em Sidrolândia, e depois, quando o enfermeiro avisou que ela havia morrido, levou o corpo até o canavial.

Declarou ainda que manteve relação sexual com a estudante, mas que não tem certeza que o filho que ela esperava era dele. Jodimar continua negando envolvimento no caso.

Perícia em macas apreendidas na casa do enfermeiro -e também cabeleireiro - encontrou manchas de sangue. Ele diz que as macas são para atendimento na área de estética.

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