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Cidades

Raios ultravioletas exigem proteção para a pele até período mais frio do ano

Evelyn Souza | 09/08/2013 17:23
Gilmar, carrega o protetor na bolsa . (Foto: Marcos Ermínio)
Gilmar, carrega o protetor na bolsa . (Foto: Marcos Ermínio)

Campo Grande registra nos últimos dias alto índice de radiação de raios ultravioletas, que além de queimaduras podem provocar alterações estruturais no DNA das células, envelhecimento precoce e câncer de pele.

Nesta sexta-feira (9), o índice está em 7, considerado alto pela Organização Mundial de Saúde. A classificação do UV vai de 1 a 16. Isso apesar do sul-mato-grossense estar no inverno, o período mais frio do ano.

De acordo com o meteorologista da Uniderp/ Anhanguera, Natálio Abrão, apesar de intenso na primavera, o raio ultravioleta também podem estar presente em outras estações, como o inverno. Mas a previsão é que o número chegue ao extremo no inicio da próxima estação, que começa no dia 21 de setembro.

“Muitos acham que as nuvens obstruem os raios, mas as nuvens não bloqueiam integralmente. O tempo nublado acaba reduzindo a insolação, que é a capacidade que o sol tem de atingir o chão”, explica.

As pessoas de pele branca são as que mais sofrem quando os índices estão altos. Podem sofrer queimaduras, bronzeamentos e descascamento de pele.

Segundo a dermatologista Michela Rezenda, os cuidados com a pele nesses casos devem ser redobrados. A orientação é evitar a exposição ao sol das 10h às 16h e usar filtro solar maior ou igual ao fator 30, de três em três horas. Além de roupas leves de mangas cumpridas e ingestão de liquido.

Trabalhando de carteiro a 19 anos, Gilmar Alves Moreira sente na pele as mudanças climáticas de cada estação. Com as altas temperaturas dos últimos dias, não deixa de sair para mais um dia de entregas sem o protetor solar, que é oferecido pela empresa dos Correios. Ele conta que percorre cerca de 4 quilômetros por dia, a pé, entregando as cercas de mil cartas.

“Eu só saio para a entrega depois de passar o protetor. Antes a gente passava na empresa, mas agora eles deram uns individuais, pra gente poder passar a cada três horas, na rua mesmo”, explica.

Para se proteger, o carteiro de 54 anos também utiliza boné e camisas de manga longa. Apesar da dificuldade em andar debaixo do sol quente, diz que o mais difícil mesmo, é enfrentar a chuva.

“Com chuva é mais difícil porque a gente trabalha com papel, daí muitas vezes não conseguimos cumprir todo o trabalho”, disse o carteiro que se preparava para mais um dia de entregas no centro da cidade.

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