Raios ultravioletas exigem proteção para a pele até período mais frio do ano
Campo Grande registra nos últimos dias alto índice de radiação de raios ultravioletas, que além de queimaduras podem provocar alterações estruturais no DNA das células, envelhecimento precoce e câncer de pele.
Nesta sexta-feira (9), o índice está em 7, considerado alto pela Organização Mundial de Saúde. A classificação do UV vai de 1 a 16. Isso apesar do sul-mato-grossense estar no inverno, o período mais frio do ano.
De acordo com o meteorologista da Uniderp/ Anhanguera, Natálio Abrão, apesar de intenso na primavera, o raio ultravioleta também podem estar presente em outras estações, como o inverno. Mas a previsão é que o número chegue ao extremo no inicio da próxima estação, que começa no dia 21 de setembro.
“Muitos acham que as nuvens obstruem os raios, mas as nuvens não bloqueiam integralmente. O tempo nublado acaba reduzindo a insolação, que é a capacidade que o sol tem de atingir o chão”, explica.
As pessoas de pele branca são as que mais sofrem quando os índices estão altos. Podem sofrer queimaduras, bronzeamentos e descascamento de pele.
Segundo a dermatologista Michela Rezenda, os cuidados com a pele nesses casos devem ser redobrados. A orientação é evitar a exposição ao sol das 10h às 16h e usar filtro solar maior ou igual ao fator 30, de três em três horas. Além de roupas leves de mangas cumpridas e ingestão de liquido.
Trabalhando de carteiro a 19 anos, Gilmar Alves Moreira sente na pele as mudanças climáticas de cada estação. Com as altas temperaturas dos últimos dias, não deixa de sair para mais um dia de entregas sem o protetor solar, que é oferecido pela empresa dos Correios. Ele conta que percorre cerca de 4 quilômetros por dia, a pé, entregando as cercas de mil cartas.
“Eu só saio para a entrega depois de passar o protetor. Antes a gente passava na empresa, mas agora eles deram uns individuais, pra gente poder passar a cada três horas, na rua mesmo”, explica.
Para se proteger, o carteiro de 54 anos também utiliza boné e camisas de manga longa. Apesar da dificuldade em andar debaixo do sol quente, diz que o mais difícil mesmo, é enfrentar a chuva.
“Com chuva é mais difícil porque a gente trabalha com papel, daí muitas vezes não conseguimos cumprir todo o trabalho”, disse o carteiro que se preparava para mais um dia de entregas no centro da cidade.