Saúde anuncia fim do estado de emergência para zika; MS teve 343 casos
Após 18 meses do primeiro caso no país, o Ministério da Saúde declarou nesta quinta-feira (11) o fim da ESPIN (Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional) em decorrência do vírus Zika vírus e sua associação com a microcefalia e outras alterações neurológicas. Em Mato Grosso do Sul, foram confirmados 343 casos, sendo o primeiro em janeiro de 2016.
A primeira confirmação da doença em MS foi dada em 15 de março do ano passado e ocorreu em Dourados - distante 233 km de Campo Grande - em uma mulher de 30 anos que não estava grávida.
De acordo com informações que constam no Boletim Epidemiológcio da SES (Secretaria Estadual de Saúde), ao decorrer de 2016 foram 342 casos confirmados e 1.826 descartados, totalizando 2.225.
Campo Grande foi a cidade com mais pacientes diagnosticados, sendo 259. Foram encontrados ainda casos em Alcinopolis, Anastácio, Aparecida do Taboado, Aquidauana, Batayporã, Caarapó, Camapuã, Caracol, Corumbá, Deodápolis, Dourados, Itaporã, Jardim, Maracaju, Paranaíba, Rio Verde, São Gabriel do Oeste, Sonora e Três Lagoas.
Deste total, 142 gestantes tiveram resultado positivo para Zika na Capital, e outras 44 em outros 11 municípios.
Apenas um caso foi confirmado em 2017 para a doença, desta vez em Corumbá - distante 419 km de Campo Grande - segundo informações do boletim mais recente deste ano, com levantamento até 31 de março. Onze estão em coleta de amostra para exame laboratorial, e 139 já foram descartados.
Fim da emergência - Durante o anúncio, o secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Adeílson Cavalcante, ressaltou que o enfrentamento ao Aedes aegypti será mantido em todos os níveis de vigiância.
“O fim da emergência não significa o fim da vigilância ou da assistência. O Ministério da Saúde e os outros órgãos envolvidos no tema irão manter a política de combate ao Zika, dengue e chikungunya, assim como os estados e municípios”
Em nível nacional, foram 7.911 casos de Zika em todo o país até 15 de abril deste ano, registrando queda de 95,3% em relação a 2016, quando foram 170.535 notificações. Os dados da microcefalia também apresentaram redução importante a cada semana desde maio do ano anterior. Casos mensais se mantiveram em 2% desde janeiro de 2017.