Seis em cada dez pessoas do Centro-Oeste são a favor da pena de morte
Pesquisa mostra que 61% dos moradores da região aprovam esse tipo de punição
De cada dez pessoas do Centro-Oeste, seis são favoráveis à pena de morte para condenados por crimes bárbaros. O dado faz parte de levantamento, divulgado nesta quinta-feira (dia 15) pelo Instituto Paraná Pesquisas. Na região, 61,2% aprovam a adoção da pena capital no Brasil, além da situação já prevista na Constituição.
A pesquisa, feita de 10 a 14 de fevereiro, ouviu 2.402 brasileiros em 208 municípios e 26 Estados, além do Distrito Federal. No caso do Centro-Oeste e do Norte (os resultados das duas regiões foram compilados juntos), 33,2% discordam da pena de morte para crimes bárbaros, 61,2% aprovam esse tipo de punição e 5,6% não souberam responder.
Os percentuais estão em patamares próximos a do restante do País. Nas demais regiões, os resultados foram os seguintes: Nordeste (27,8% contra; 64,7%, a favor; e 7,5% não responderam), Sudeste (32,5%, 62,1% e 5,5%) e Sul (31,2%, 60,9% e 7,9%).
O levantamento considerou as variáveis de sexo, faixa etária, escolaridade, nível econômico e posição geográfica.
Mulheres e jovens – Em todo o País, as mulheres aprovam, em quantidade relativa maior, a pena capital – são 64,2% favoráveis. Quanto aos homens, 60,6% aprovam a punição. As parcelas contrárias foram de 27,9% (feminino) e 34,6% (masculino) e que não responderam equivaleram, respectivamente, a 4,8% e 7,9%.
No caso da faixa etária, os mais jovens são os mais favoráveis à pena de morte, com 67% entre os que têm de 16 a 24 anos. Na sequência, estão os brasileiros de 35 a 44 anos (64,9%), de 25 a 34 anos (62,2%) e de 60 anos ou mais (60,0%).
Em caso de guerra – No Brasil, a pena de morte foi abolida com a mudança de regime, da monarquia para a república, em 1889. No entanto, a Constituição Federal ainda prevê a punição. O inciso 47 do artigo 5º afirma não haverá pena de morte, “salvo em caso de guerra declarada”