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Cidades

Superlotação transforma pronto-socorros em “leitos de internação”

Aline Queiroz | 17/03/2011 17:57

17/03/2011 17h57

Macas do Samu ficam retidas em hospitais

Pronto-socorro da Santa Casa lotado esta tarde. (Foto: Simão Nogueira)
Pronto-socorro da Santa Casa lotado esta tarde. (Foto: Simão Nogueira)

Pronto-socorros dos principais hospitais de Mato Grosso do Sul estão lotados. Macas foram transformadas em “leitos de internação”, na Santa Casa de Campo Grande e no Hospital Universitário da Capital.

Na Santa Casa de Campo Grande, por exemplo, há 58 pessoas no pronto-socorro, setor que deveria ser apenas a "porta de entrada" para o hospital.

No setor existem 24 leitos e, para atender a todos os pacientes, a direção do hospital foi obrigada a espalhar macas pelos corredores.

No pronto-socorro os pacientes poderiam ficar apenas até receber encaminhamento médico, o que não tem ocorrido.

Situação semelhante é observada no Hospital Universitário de Campo Grande.

Na unidade médica, a capacidade do pronto-socorro é para 32 pessoas. Hoje, havia 65 pessoas “internadas” no local.

Os corredores estão lotados e não há mais onde colocar macas.

Segundo a assessoria de imprensa do HU, por este motivo macas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ficaram retidas no hospital ontem, situação recorrente.

Ontem de manhã, a situação do setor de emergência levou ao extremo de ter apenas duas das 14 viaturas do Samu para atender toda a cidade.

O coordenador do Samu, Mauro Ribeiro, explica que o HU tem maior histórico em relação a este problema. “Santa Casa e HR (Hospital Regional) quase nunca”, enfatiza.

Ele ressalta que os profissionais do Samu não têm o que fazer diante deste quadro.

“Não dá para deixar paciente no chão”, completa.

Entretanto, sem maca a viatura não pode continuar os atendimentos, que chegam a 200 em dias tumultuados.

De acordo com o coordenador, todo mês são feitas reuniões para pactuação, que define qual a atribuição de cada hospital no contexto da saúde pública.

A diretoria do HR (Hospital Regional) foi procurada por telefone para divulgar os números da superlotação, porém, só poderia responder à reportagem à noite.

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