Superlotado, presídio de Coxim abriga 118, mas capacidade é para 24
Com capacidade para 24 detentos, o presídio de Coxim abriga atualmente 118 presos. A superlotação foi constatada pela Comissão Provisória do Sistema Carcerário de Mato Grosso do Sul que visitou o local ontem (22).
Conforme a Comissão, no presídio são cinco celas comuns e uma de segurança média que teria que abrigar seis detentos cada uma, o que não acontece, já que são de 12 a 18 pessoas por cela.
Em MS, a situação é crítica, com 12.400 presos em uma capacidade de lotação de 6.446, o que representa um déficit de 5.954 vagas.
A iniciativa do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB) de desenvolver o mutirão foi devido ao caos do sistema prisional brasileiro, as constantes rebeliões e as recentes notícias sobre a situação deflagrada nos presídios do Maranhão e Rio Grande do Sul. A Comissão da Seccional sul-mato-grossense, formada por oito advogados, foi nomeada pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS), Júlio Cesar Souza Rodrigues, no último dia 13.
Além das cinco unidades prisionais da Capital, a Comissão visitou também, na segunda-feira (20), a Unidade de Segurança Média de Três Lagoas. O local, que tem capacidade para 248 detentos, abriga 515. Dando prosseguimento à agenda, na próxima semana serão vistoriados presídios de mais cinco cidades do interior. Na segunda-feira (27) a Comissão estará em Corumbá e Dois Irmãos do Buriti e na quinta (30) visita as penitenciárias de Dourados, Naviraí e Ponta Porã.
Em Coxim a visita foi feita pelo presidente da Comissão, Carlos Magno Couto, o vice-presidente Luiz Carlos Saldanha Junior, que é membro da Coordenação Nacional de Acompanhamento do Sistema Carcerário, o advogado Caio Magno Duncan Couto, da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MS, o conselheiro estadual Jordelino Garcia de Oliveira e o secretário geral da Subseção de Coxim, Abílio Júnior Vaneli.