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Cidades

Unidade do Trauma ainda espera verba de custeio para começar a atender

Novas reuniões em Brasília, entre os dias 09 e 10, devem definir contratualização para repasse dos R$ 6 milhões prometidos.

Anahi Gurgel | 04/05/2018 09:46
Presidente da ABCG, Esacheu Nascimento, durante entrevista ao Campo Grande News, nesta quinta-feira (03), em sua sala na Santa Casa. (Foto: Paulo Francis)
Presidente da ABCG, Esacheu Nascimento, durante entrevista ao Campo Grande News, nesta quinta-feira (03), em sua sala na Santa Casa. (Foto: Paulo Francis)

Quarenta dias após cerimônia de entrega da Unidade do Trauma, anexa à Santa Casa de Campo Grande, a expectativa gira em torno da oficialização do que foi firmado verbalmente naquela manhã de 25 de março, pelo então ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP): a garantia dos R$ 6 milhões necessários para o início do funcionamento do local.

Na data – marcada pela despedida do ministro ao cargo para disputar as eleições neste ano – foi anunciado o valor para inicício do atendimento aos pacientes e a publicação de uma portaria para o custeio mensal tão logo houvesse vistoria técnica, já com as portas abertas à população.

O empenho para obtenção da verba continua “firme e forte”, mas agora voltado ao novo ministro da pasta, Gilberto Occhi, que assumiu a função no dia 2 de abril.

“Estamos trabalhando junto ao Município, Estado e Governo Federal pela contratualização do custeio. Estive em Brasília na semana passada para negociar com o novo ministro. Ele ainda está analisando o orçamento, se inteirando de tudo, mas assumiu o compromisso firmado por Ricardo Barros”, informou ao Campo Grande News, o presidente da ABCG(Associação Beneficente Campo Grande), Esacheu Nascimento.

Haverá nova reunião com Occhi entre os dias 9 e 10 de maio para solucionar a questão do contrato e o valor complementar para aquisição de outros equipamentos, mas permanece o prazo inicial para funcionamento do espaço, que é 31 de maio.

Ex-ministro Ricardo Barros, durante entrega da Unidade do Trauma, no dia 25 de março. (Foto: Saul Schramm)
Ex-ministro Ricardo Barros, durante entrega da Unidade do Trauma, no dia 25 de março. (Foto: Saul Schramm)

A nova unidade não é independente, pois está inserida na assistência à saúde atualmente prestada pela Santa Casa. O que está sendo negociado é um aumento do valor mensal repassado ao hospital.

O incremento proposto foi na ordem de R$ 10 milhões, sendo os R$ 6 milhões do Ministério da Saúde, R$ 2 milhões do Município e outros R$ 2 milhões do Estado - montante que engloba o trabalho que será feito por outras especialidades no espaço que será deixado após a transferência dos pacientes de trauma para a nova unidade.

Serão mais 126 leitos, com atendimento de média e alta complexidade em ortopedia, voltado a pacientes politraumatizados, especialmente vítimas de acidentes de trânsito.

“Estamos ainda instalando equipamentos nas salas cirúrgicas, mas os quartos já estão com camas e a CTI preparada para receber pacientes. Faltarão outros equipamentos que serão adquiridos com essa verba do Ministério da Saúde”, detalha Esacheu.

A Unidade do Trauma custará em média R$ 72 milhões por ano para o Governo Federal. As obras foram retomadas no dia 16 de junho de 2106. Além dos leitos de internação e das 10 UTIs, há salas cirúrgicas, consultórios, odontologia, reabilitação, exames e emergência.

Equipamentos da sala do centro cirúrgico. (Foto: Saul Schramm)
Equipamentos da sala do centro cirúrgico. (Foto: Saul Schramm)

O recurso será viabilizado por meio do Fundo Municipal de Saúde, ou seja, cabe à Prefeitura, a contratualização com a ABCG.

Enquanto isso, o RH (Recursos Humanos) vem selecionando profissionais das áreas médicas, nas mais variadas especialidades, enfermeiros, formando banco de nomes para até o final do mês estar com o staff pronto. Mais de 200 novos funcionários serão contratados.

Regulação – Será estendido à Unidade do Trauma o sistema de regulação de vagas, atualmente em vigor. Os pacientes darão entrada pelo Pronto-Atendimento da Santa Casa e somente encaminhados ao novo espaço após classificação pela equipe médica.

"Hoje não se pode confirmar que o problema da superlotação está sanado, pois é um número muito dinâmico. Mas é possível afirmar que o sistema de regulação possibilitou o aumento significativo do número de cirurgias", diz Esacheu.

O salto foi de 27 mil cirurgias em 2016 para 40 mil em 2017. Considerando todos os atendimentos no ambulatório, exames laboratoriais e de imagem, passa de 1,8 milhão de procedimentos realizados no ano passado.

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