2 de setembro, verdadeiro dia da Independência do Brasil
Na história oficial, totalmente falsificada, a data da Independência brasileira é 7 de setembro. Pedro I, em cima de um cavalo branco, ladeado por tropas bem uniformizadas, à beira de um córrego, teria gritado: "independência ou morte". E assim fez-se a separação de Portugal. Não foi assim. Pedro estava montado em um burro, as tropas que o acompanhavam também estavam montadas em mulas e ninguém sabe o local verdadeiro onde Pedro apenas e tão somente concordou com a decisão tomada por Leopoldina. Amem ou odeiem, a verdade é: quem realmente proclamou nossa independência foi uma princesa austríaca.
Uma mulher inteligente, culta, mas prisioneira do marido.
Leopoldina é o símbolo das milhões de mulheres que são maltratadas pelos maridos. Herdeira da mais poderosa dinastia europeia, Leopoldina se casou com Pedro exclusivamente por motivos políticos. Ao contrário dele, a austríaca era muito bem preparada para a vida em uma corte e para os afazeres políticos. Quando chegou ao Brasil, em 1.817, não imaginava que seu marido seria o responsável pela triste vida que teve. Além das escandalosas e públicas relações extraconjugais que Pedro tinha, se somava o fato de que ele a aprisionava todas as noites em seu quarto. Também a impediu de ter acesso ao dinheiro que trouxera da Áustria como do que recebia constantemente de seu pai. Morreu jovem, aos 30 anos, em 11 de dezembro de 1.826.
Foi ela que assinou o decreto declarando o Brasil independente.
Enquanto Pedro estava em Santos, visitando sua principal e mais famosa amante, Leopoldina governava efetivamente o país. Leopoldina percebeu que se acatasse as ordens da corte portuguesa de saírem do Brasil, o país se dividiria em várias nações, como sucedeu na América Espanhola. Havia agitação e insurreições de norte a sul. Na ausência de seu marido, Leopoldina governava como regente. Ela efetivamente mandava, não era um fantoche como o marido muitas vezes fora. Nesses dias agitados, a corte portuguesa fez saber que enviaria 7.200 soldados para obrigar Pedro e Leopoldina irem a Portugal. Leopoldina convocou o Conselho de Estado em 2 de setembro de 1.822, que, sob sua regência, assinou o decreto que declarava o Brasil independente de Portugal. Coube a Pedro apenas concordar.