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Em Pauta

A masturbação entrou na guerra ideológica

Mário Sérgio Lorenzetto | 26/09/2022 06:40
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Ao que tudo indica, não há pensamento, ou atividade humana, que não será atingida pela guerra ideológica. Agora é a vez da masturbação. Enquanto a ultradireita prega que o homem não deve masturbar-se para ter mais testosterona, e assim, ser mais homem; a esquerda diz que, nunca na história da humanidade tantos estão se masturbando, abandonando o coito, trocando a relação sexual com uma mulher pelas séries televisivas. Masturbar-se ou não, eis a questão.


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O culto à testosterona.

A extrema direita rende culto à testosterona. Cultua a virilidade, entendida como força, libido transbordante e atitude dominante frente às mulheres. Quem comanda o ataque à masturbação são os "Proud Boys", que invadiram o Congresso dos EUA após a derrota de Trump. Apoiam-se nas ideias de Jordan Peterson, o psicólogo favorito de todos os grupos ligados ao ex-presidente. A ideia é abandonar a masturbação para restaurar uma masculinidade supostamente debilitada pelo feminismo e pelas ações da "justiça social". Convidam a abandonar a masturbação por um período de 90 dias com a promessa de obter inumeráveis benefícios. Nos primeiros sete dias, já conseguiriam um incremento de 45% nos níveis de testosterona. Outros chegam ao extremo de "receitar" a abstinência para curar a homossexualidade.


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Nunca teve tanta masturbação.

A esquerda também passou a se esmerar no debate sobre a masturbação. Depois de levantar placas promovendo a masturbação, na época mais crítica da pandemia da covid, diz que o sexo entre jovens é uma tendência em baixa. A Associação Mundial para a Saúde Sexual confirma que há mais masturbação e menos sexo entre os casais. Os motivos dessa alta masturbatória seriam a demora para sair da casa dos pais e os excessos das tecnologias. Afirmam que assistir uma série televisiva se tornou mais apetecível que um coito.
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