As maiores fraudes da história da música pop
Desde que o pop é pop, tornaram-se moedas correntes o plágio, a fraude, o roubo e o engano. Nesse negócio, as aparências enganam. Às vezes, o cantor que aparece no vídeo não é quem canta, nem o que canta, leva o dinheiro, nem quem compõe figura nos créditos. O pop é uma selva cheia de máfias e enganos.
U2: um show cheio de som enlatado.
Em 1992, depois de uma radical mudança de imagem e som, a banda irlandesa mais famosa do mundo empreendeu o “Zoo TV Tour”, um giro de concertos por cinco continentes. Nele, o grupo mudou completamente seu conceito de shows ao vivo. Passou a ser um show multimídia. E quebrou a cara. Para não ter muito trabalho de sincronizar música, imagens e luzes Bono e sua turma levaram as músicas pré-gravadas. Como ocorreram muitas falhas na sincronização, muitos os acusaram de fraude.
Beatles: o dia em que Lennon plagiou e reconheceu o plágio.
“Come togheter” foi composta por Lennon? Essa é uma das mais importantes peças da história do rock. Vendeu milhões de discos - “Abbey Road” - nos cinco continentes. Pouco depois, a editora musical do pioneiro do rock Chuck Berry, demandou contra John Lennon por plágio. “Come togheter” era um plágio de “You can’t catch me”. Lennon reconheceu o plágio e acabou chegando a um acordo extrajudicial. Prometeu pagar cantando outras canções de propriedade de Chuck Berry. O mais curioso do caso, é que uma das canções escolhidas foi, exatamente, “You can’t catch me”.
Mocinhas que desmaiam e levam cartazes.
Lembram-se do início da carreira do Neymar? Em seus jogos apareciam dezenas de moças desmaiando e carregando cartazes de adoração do “rei do futebol”. Essa fraude não nasceu da mente engenhos, e fraudadora, de seu pai ou de agentes. Quem inventou o fenômeno que hoje denominamos “fãs” foi um agente de Frank Sinatra. No distante 1942, o agente de imprensa George Evans, teve a ideia de contratar colegiais que gritassem mais. Selecionou as moças e as levava de show em show de Sinatra. Havia até uma “meritocracia”, quem gritasse mais e fingisse desmaio, ganhava mais. Essa fraude foi denunciada e começou a aparecer na imprensa como “Swoonatra” - jogo de palavras com o verbo inglês swoon, que significa desmaiar. A ideia entrou em coma. O boom do fenômeno “fãs” veio anos depois com o agente Brian Epstein, agente dos Beatles, que contrataria moças para gritar e desmaiar nos shows do quarteto de Liverpool. A diferença entre eles é que logo a seguir, as moças, sem contrato algum, começaram a gritar e desmaiar de verdade.
Modern Talking: essa canção que tanto dançou, esconde uma mentira.
“Geronimus Cadillac”, “Brother Louie”, “Chery, chery lady”... Os êxitos desse dueto alemão marcaram os anos 80. Eles venderam em poucos anos mais de 120 milhões de cópias do disco. Um feito difícil de alcançar. Mas, no ano 2001, quando estavam mais que aposentados, descobriram que não eram eles que cantavam os pegajosos falsetes de suas canções. E mais, o loiro da dupla, nunca havia cantado um só trecho das músicas. O moreno cantara somente alguns trechos. Três verdadeiros cantores profissionais haviam sido contratados e permaneceram nas sombras enquanto os dois alemães levavam a fama e a fortuna. Quando descobriram a fraude, os três verdadeiros cantores tentaram construir uma carreira com o nome de Systems in Blues, mas quebraram a cara.