Bonecos infláveis dos políticos. Crescimento declarado de 25% em 2015
O lucrativo negócio dos bonecos infláveis dos políticos.
Cansaço e descrença são os sentimentos que tomaram conta do país. Erra quem imagina que colocará multidões nas ruas, contra ou a favor, de impeachment, melhoria salarial, para o prefeito tapar buracos nas ruas, para o governador não aumentar impostos ou mesmo para a presidente não criar a CPMF. O conflito entre o ex-governador Zeca do PT e meia dúzia de inconformados manifestantes no aeroporto de Campo Grande demonstra a verdade dos novos tempos: não teve importância numérica, foram agressões verbais despropositadas, próprias de quem teme pela própria sorte ou saúde. Se não há povo nas ruas, cresce o número dos bonecos que simbolizam a descrença nos rumos da política e da economia.
Há uma nova febre dos bonecos inflados de políticos por todo o Brasil. Ela ainda não chegou a Campo Grande. O primeiro foi o elefante branco com a estrela do PT no início do ano, usado em uma manifestação de empresários. Depois veio o mais famoso: o Pixuleco, o Lula inflado apareceu no gramado da Esplanada dos Ministérios, no dia 16 de agosto. A partir de então, toda grande manifestação contou com bonecos inflados que custam entre R$10 mil e R$ 20 mil. Só a presidente Dilma ganhou duas versões, batizadas de Pinóquia e Bandilma. Em Belo Horizonte, Lula ganhou chifres andando com o governador Pimentel e com Dilma. Em São Paulo surgiu o "Raddard" para criticar a política de radares estabelecida pelo perfeito Haddad. Em seguida veio o Chuchuleco com críticas ao governador Alckmin pela falta de água. Só esqueceram do Cunha, talvez porque não mereça nem ser lembrado.
Há pelo menos duas fábricas de infláveis faturando muito, com crescimento declarado de 25% em 2015, a Companhia dos Infláveis e a Big Format, elas estão com dificuldades de atender os pedidos que aparecem de todas as partes do país. A nova tendência são os pequenos Lulas infláveis, reproduções do Pixuleco que custam de R$20 a R$40 e que estão aparecendo em todos os lugares. Colaboraram para a fama do Pixuleco a espontaneidade e o mal tempo que se abateu sobre a cabeça do Lula, ele nasceu de uma vaquinha realizada por algumas pessoas em Alagoas, no Nordeste. Os mais conceituados analistas políticos concordam que o Pixuleco se tornou um passo muito significativo no processo de desconstrução da imagem pública do ex-presidente. Não por acaso, militantes ligados ao PT acertaram facadas por mais de uma vez no boneco. Tempos de imagens, tempos de bonecos, de plástico ou de carne e osso.
Como Cuba formou tantos médicos para os cuidados básicos?
Em 1959, Cuba contava com apenas 6 mil médicos, sendo que metade deles emigrou após a revolução comandada por Fidel Castro. A crise sanitária que se seguiu a essa debandada fez o governo decidir pela formação de novos profissionais em ritmo acelerado. Boa parte dos médicos que ficaram na ilha viraram professores. Foram abertas faculdades de medicina em todas as cidades e, nas maiores, organizaram as novas faculdades por regiões. Imaginem que se fosse em Campo Grande teríamos 7 faculdades de medicina: uma na região do Anhanduizinho (Aero Rancho é o maior bairro), uma no Bandeira (Tiradentes), outra no Centro, a quarta estaria no Imbirussu (Santo Amaro), uma na região do Lagoa (Coophavila), a sexta no Prosa (Novos Estados) e a sétima seria fundada na Mata do Segredo.
Meio século após a revolução castristra, Cuba conta com 75 mil médicos ou um para cada 160 habitantes, a taxa mais alta da América Latina. O Brasil conta com um médico para 500 habitantes. Mas há uma crítica importante à formação do médico cubano feita por seus colegas brasileiros. Os brasileiros que foram a Cuba conhecer o ensino de medicina afirmam que ele é sério, os professores são dedicados e os alunos interessados e estudiosos. Porém, os estudos são insuficientes, são deliberadamente limitados, com ênfase nos cuidados básicos. Os brasileiros entendem que essa não é uma medicina plena, que seria a desejada no Brasil. Essa diferença de ensino seria a responsável pela reprovação em massa dos estudantes brasileiros que vão a Cuba a procura do diploma almejado. Seriam estudantes escolhidos e financiados por um processo confuso e não democrático onde predominam as indicações políticas. Ressalte-se que esses estudantes não prestam prova alguma aqui e nem em Cuba. Haveria um predomínio de jovens ligados ao MST e a comunidades indígenas. Todavia, mesmo em Cuba, os estudantes além dos seis anos de estudos necessitam de mais três anos para adquirir as condições necessárias para passar no exame brasileiro "Revalida" que os coloca no mercado nacional.
Como a Jamaica, a terra do reggae e da maconha, se tornou o país onde estão os homens e mulheres mais velozes do mundo?
Bob Marley tornou o reggae um ritmo mundial nos anos 70. Anos de exaltação da maconha com a música que a exalta. Trinta anos após sua morte o país caribenho continua a trazer orgulho para seus moradores, mas por um outro motivo: tem os homens e mulheres mais velozes do mundo. Nomes como Usain Bolt, Asaf Powell e Shelly-Ann Fraser são o resultado de um programa estatal que incentiva as crianças desde cedo a entrar no mundo do atletismo. Nas escolas ou nas praias, a correria jamaicana está em toda parte. Mas o caminho é um só: começa como uma brincadeira na escola fundamental, fica mais sério na escola secundária e afunila nos clubes, onde só os mais rápidos tem vez.
É uma tradição do país que se tornou uma perfeição. Com imensa dedicação e muito suor. Tudo começou em 1948. A partir desse ano, a Jamaica conquistou 55 medalhas olímpicas - 54 no atletismo. Quem impulsionou esse esporte no país foi a atleta Merlene Ottey que conquistou 9 medalhas olímpicas e 14 nos mundiais.
Os recursos eram escassos e as condições, para a prática do atletismo, ruins. Mas nunca faltou o fundamental: o incentivo na base. O corredor jamaicano se forma em suas precárias escolas. Muito mais precárias que as brasileiras. Desde muito jovens eles correm nas milhares de pistas esparramadas pelo país. E ainda adolescentes se acostumam com a pressão das competições escolares. A pista na escola é de grama e tem marcações de terra feitas pelos pés das crianças, que correm o mesmo caminho todos os dias. Multidões de crianças e de jovens correm todos os dias, todos os dias, de segunda-feira a segunda-feira. Há outra informação importante, os jamaicanos deixaram de enviar seus jovens mais promissores aos Estados Unidos, são treinados na própria Jamaica em centros de excelência.
O fim da escravidão teve início em Persepólis.
Cinco séculos antes de Cristo, o grande rei Ciro aboliu a escravidão e conferiu direitos aos habitantes de todas as nações do império persa. O túmulo de Ciro fica próximo das ruínas daquela que foi a "magnífica Persépolis". As inscrições nesse túmulo são esclarecedoras: os trabalhadores que a construíram não eram escravos, foram todos justamente remunerados.
Diante dos 3.500 anos de história da Pérsia, uma perspectiva de nossos 500 anos ressalta o preço de nossa origem escravista, que faz com que tantos odeiem o trabalho por razões diferentes: os ricos por pouco realizá-lo, os pobres por raramente se beneficiarem dele. Vivemos em uma bolha de neurose social, mas em duas a três décadas nossa população idosa superará a jovem, e aí será difícil mudar alguma coisa.
007 a galinha que abre trancas e as "barbas" do galo.
Ao contrário de tantos outros animas os galos e galinhas se observam na televisão. Sua "barba", o nome correto é "barbilho" (apêndice de carne que pende solto do bico) serve como uma espécie de "bandeira de largada" para as galinhas correrem em direção a algum alimento. Os galos executam uma série de movimentos com a cabeça, balançando o barbilho de um lado para o outro e assim comunica para as companheiras sexuais em potencial que encontrou alimento. Para o galo, esse barbilho pode custar um pouco em termos de saúde, porque um barbilho maior está vinculado a mais testosterona, que enfraquece o sistema imune, mas esse preço vale a pena a longo prazo, porque lhe rende mais conquistas.
Em um teste de exibição do poder do barbilho, criaram uma situação em que uma galinha assistia a um vídeo de um galo com alimento. Para chegar ao macho e alimentos virtuais ela tinha de aguardar uma porta se abrir e essa porta estava equipada com um aparato de controle remoto retirado de um carrinho de brinquedo. Uma galinha que usava uma fita com o número 07, apelidada de 007, era famosa por se meter em encrencas no laboratório. A 007 ficou aguardando a pesquisadora abrir a porta. Perdeu a paciência com a demora e começou a examinar de perto o mecanismo de liberação da tranca que abria a porta. Após alguns momentos, ela balançando a cabeça de um lado a outro, bicou o fio de arame que controlava o trinco. A porta se abriu e 007 conseguiu o que desejava: ficar perto do macho e do alimento. Depois desse dia, ela nunca mais esperou a pesquisadora abri a porta. Embora os pesquisadores trocassem a configuração da tranca várias vezes, 007 sempre foi capaz de abri-las.
As galinhas e galos tem habilidades equivalentes às dos primatas, usam sinais sofisticados para transmitir suas intenções e são capazes até de dissimular o que sentem. São "artistas". As recentes descobertas evidenciam que além de resolver problemas complexos, as galinhas e galos, sentem empatia por companheiras em perigo. Elas também "contam tudo" que veem. Pesquisadores determinaram um repertório de aproximadamente 24 sons distintos que elas emitem. Quando enxergam uma ameaça vinda dos céus, como uma ave de rapina, elas se agacham e emitem um discreto, mas estridente "iiii". O cacarejo característico que as pessoas associam a galinhas é o som que emitem quando deparam com um predador terrestre. A descoberta de alimentos é anunciada com "dock-docks". Elas não são estúpidas ou tolas como as pessoas costumam - ou preferem - acreditar.