Coronavírus: próxima onda será no final de março. E a influenza?
Ainda que na ideia de ondas epidemiológicas não se sustentem, o mundo ocidental alardeia que a próxima onda ocorrerá no final de março. A ideia de ondas é claramente falha pois basta as autoridades levantarem as restrições de circulação das pessoas para que ocorra um novo crescimento da epidemia. Assim, não há ondas, existem liberalidades que permitem que o vírus circule mais rapidamente. Mas no Brasil tudo é diferente. Ao contrário dos demais países ocidentais, unimos a segunda com a terceira onda. Natal, Ano Novo e Carnaval foram os eventos determinantes da permanência das altíssimas taxas de infecção e morte em janeiro e fevereiro de 2021.
Vem aí a Semana Santa.
Entre o domingo, 23 de março, e o sábado, 03 de abril, está marcada a Semana Santa. Enorme festa tradicional brasileira, certamente trará comemorações.... e muita despreocupação com os cuidados de uso de máscara e manutenção de distância. Como todos já sabemos, trará outro crescimento da proliferação viral, novo crescimento das taxas de infecção e mais mortes. Enquanto tivermos pessoas vulneráveis sem vacinar, outros picos de infecção ocorrerão. E com toda certeza, nessa semana, ainda teremos algo entre 40 a 50 milhões de pessoas, acima dos 60 anos, sem vacinar.
Temperaturas mais baixas. Teremos a vacina da influenza?
Também será nessa época que provavelmente ocorrerão temperaturas mais baixas. Com elas, temos o início dos picos de influenza. Vimos há pouco a grave crise da falta de seringas e agulhas para administrar as vacinas contra a covid-19. Os governantes conseguiram adquirir esse material para aplicar as duas doses da vacina contra a covid-19? E para a vacina contra a influenza, teremos tantas seringas e agulhas disponíveis? Todos os indícios são de que - como sempre - as autoridades serão apanhadas de "surpresa". Surpresa que, nesse caso, é sinônimo de incompetência administrativa.