Crime empresarial da Petrobras é muito mais grave que o caso das propinas
Muito além da corrupção: o verdadeiro desastre da Petrobras
No anúncio do plano de investimentos do Pré-Sal, em 2009, o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli falava de uma expectativa fortíssima de crescimento. Detalhava quanto a estatal compraria em equipamentos, tubos, bombas, válvulas e caldeiras. Dizia mais: explicitava quanto desse total ficaria com a indústria nacional. Ótimo! Vamos ampliar as fábricas e nos preparar para essa grande encomenda, era o pensamento de pequenos, médios e grandes empresários envolvidos na teia da Petrobras. Eram comitivas e comitivas de interessados. Eles apareciam em hordas: investidores independentes, bancos, governos, ministros de outros países... Todos querendo investir no mega projeto anunciado pela Petrobras.
Mas, não houve cumprimentos de prazos. Não cumpriram os tamanhos das encomendas. Não cumpriram a velocidade das compras. Não cumpriram os pagamentos para a indústria. Não cumpriram coisa alguma.
Como resultado, as indústrias do setor, que faturavam R$ 28 bilhões, caíram quase 30%, chegando à marca de R$ 20 bilhões. O número de funcionários foi cortado ainda mais, em quase 40%. De 800 mil pessoas, hoje, trabalham no setor 500 mil pessoas. Havia o consenso de usar o pré-sal para desenvolver e melhorar o país, mas aconteceu exatamente o contrário: a Petrobras está puxando o Brasil para o fundo do poço. A crise maior do país não ficou apenas no desacreditado Ministério da Fazenda, atingiu com toda a força a mentira escandalosa apregoada pelo Sérgio Gabrielli na Petrobras.
A multidão de investidores desapareceu e o cenário é desértico. O crime empresarial de descumprimentos é muito maior que o escandaloso caso das propinas. Sete empresas já pediram concordata, outras 15 iniciaram restruturações com multidões de demitidos. Há outros finalizando as contas para trilharem o mesmo caminho.
Uma salada de 70 mil dólares
Os navegadores da internet adoram uma piada. Em julho, o morador de Ohio (EUA), Zack Brown, começou o que talvez seja o projeto mais idiota da internet. Ele pediu que doassem moedas até atingir US$ 10 para que ele fizesse uma salda de batatas. Ele nem perdeu tempo fazendo um vídeo. Sua proposta era: "basicamente, eu quero fazer uma salda de batatas. Ainda não decidi o tipo". Por US$ 1, ele diria o nome do doador em voz alta, enquanto preparava a salada. Por US$ 3, o doador receberia um pouco da salada pelo correio. Em alguns dias, a saladeira virou "viral", esparramou-se pela internet para todos os lugares e o Zack recebeu a espantosa quantia de US$ 70 mil.
Um clip que vale uma casa de verdade
Em seguida veio um canadense chamado Kyle MacDonald. Ele perguntou na internet o que lhe dariam em troca de um mero clip da cor vermelha que tinha em sua mesa. Alguém ofereceu uma caneta com formato de peixe. A caneta foi trocada por uma maçaneta de porta. Que, por sua vez, foi trocada por um fogão de acampamento, e assim por diante - até que, após 14 trocas, ele conseguiu uma casa de verdade.
Loucura? Sim, mas uma piada louca rendosa. Os especialistas dizem ter a fórmula para ganhar dinheiro com piadas doidas na internet: a primeira regra é a de não copiar a piada de outro. A segunda regra é a de não se desviar da piada maluca. Se tentar um gesto de filantropia, já era, perdeu a piada e o dinheiro possível. A última regra é a de manter-se sincero. Invente uma piada maluca e não saia dela, de nada adianta tentar transformar a piada em anúncios comerciais que ela não funcionará.
O estágio atual do Ebola
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que o surto atual ainda está se acelerando e poderá levar vários meses para ser contido, mas ainda não representa elevado risco pandêmico (atingir o mundo todo). Esse risco aumentará, consideravelmente, se o surto atingir regiões de alta mobilidade. A amplitude do surto do Ebola só será definida nos próximos meses. Caso as medidas de controle não surtam efeito, a pandemia poderá ficar sem controle.
A ciência está correndo contra o tempo para encontrar soluções para esse desafio. O recente sequenciamento de 99 amostras do vírus Ebola ajuda a desvendar a origem da epidemia e sua taxa de mutação ao passar de uma pessoa para outra, além de informar o caminho percorrido. Mas ainda não esclareceu se as mutações encontradas tornaram o vírus mais patogênico. As pesquisas poderão ainda contribuir para ajudar nesta situação emergencial, mas por enquanto, as medidas mais efetivas ainda serão, inicialmente, de esclarecimento da população, e cuidados hospitalares após a infecção com a hidratação e isolamento dos infectados, além de proteção a médicos e pessoal de apoio. É muito pouco a se fazer se instalada a infecção. As esperanças cingem-se às pesquisas.
Pecuária tech
"Na ponta do lápis" é a frase ainda mais utilizada pela maioria dos pecuaristas do Mato Grosso do Sul. Mas alguns começam a pensar na "tela do computador". É a pecuária tech, utilizando ferramentas de alta tecnologia.
Para dar conta da demanda crescente da pecuária, estão buscando ajuda para arrumar a gestão das fazendas. Uma das empresas mais procuradas é a Prodap de Belo Horizonte (MG), que atua em gestão, programas de nutrição animal e sistemas de informação, inclusive para confinamentos.
Essa empresa se propõe a construir soluções personalizadas, isto é, de acordo com as necessidades da fazenda. Um dos mais interessantes módulos é o de rentabilidade. Monitora diversas atividades econômicas como compras, pagamentos, vendas e recebimentos, além do fluxo de caixa diário e mensal. Possibilita ainda o acompanhamento da avaliação do resultado econômico por itens como patrimônios, contas a pagar e a receber, investimentos, custo de produção e retorno sobre o capital investido.
Mas o módulo mais concorrido é o da produção que controla os diversos tipos de manejos reprodutivos com a rotina completa de transferência de embriões.
Haverá déficit de açúcar...
Estamos encerrando a safra mundial de 2013/2014 com a estimativa de superávit de 2 milhões de toneladas de açúcar. No entanto, a novidade é que a safra 2014/2015, que começou no mês passado, espera déficit de mais de 2 milhões de toneladas.
O déficit baseia-se no que deve ocorrer nos principais mercados produtores de açúcar. A Índia reduzirá a produção em até 500 mil toneladas porque as chuvas de monções estão abaixo dos níveis esperados. O México também terá um recuo na produção, de cerca de 1 milhão de toneladas, provocado pelo clima. A Tailândia, que avançou muito nas duas últimas safras, deverá produzir as mesmas 11 milhões de toneladas da atual safra.
...e no Brasil
No Brasil, o problema também está no clima. A estiagem deste ano tem afetado muito a safra de cana no país. A estimativa de moagem para a próxima safra é de 556 milhões de toneladas, quase 7% menor que a de 2013/2014. O outro fator se deve à mecanização da colheita porque está indo para a usina um volume de palha que antes era queimada no campo. A mecanização é muito positiva mas ainda está em fase de adaptação, ainda não possibilitou uma boa produtividade. Com essas mudanças na quantidade de açúcar no mundo, há a clara tendência de maior firmeza dos preços ou mesmo uma pequena elevação.