Custo da obra: R$ 68 milhões. Encontraram ouro no rio Anhanduí?
Encontraram ouro no rio Anhanduí?
Há oito anos a prefeitura da capital finalizou o projeto de canalização e urbanização do rio Anhanduí. A Avenida Ernesto Geisel (conhecida como Norte Sul) receberia um aporte de recursos do PAC - 2. Em 2012, após três anos de promessas, iniciaram as obras. A previsão era de resolver os problemas de alagamentos em regiões dos bairros Jockey Clube e Marcos Roberto. A ideia era drenar 804 metros, meio quilômetro de pavimentação, quase quatro quilômetros de recapeamento, 7 quilômetros de ciclovias, reforma de ponte, construção de passarela e uma pista de caminhada de 2,5 quilômetros. Esse projeto estava orçado em R$ 42 milhões.
Segundo o prefeito da época, Nelson Trad Filho, "com essas obras, as margens do Anhanduí se transformarão em locais de lazer para contemplação, pistas de caminhada e ciclovia. Hoje, estão degradadas, a erosão avançou e "engoliu" trechos das pistas da Avenida Ernesto Geisel, especialmente nas proximidades do Shopping Norte Sul Plaza e do Ginásio do Guanandizão". Obras foram realizadas. Tudo ruiu. A região continuou como estava na narrativa do prefeito - degradada.
Novo prefeito, velhas ideias. O prefeito Alcides Bernal lançou obras no rio Anhanduí. Dessa vez com o cofre do PAC da Mobilidade Urbana. "O projeto de revitalização do rio Anhanduí, ao longo da Avenida Ernesto Geisel, entre o Shopping Norte Sul Plaza e a Avenida Campestre, no conjunto Aero Rancho, custará R$ 40 milhões". O mesmo projeto, com novos gastos.Pela primeira vez na história da cidade acompanhamos o processo de cassação de um prefeito. Alcides Bernal foi para sua casa, substituído por Gilmar Olarte. As ideias se perpetuam. O novo prefeito deu ordem de licitação para a "primeira grande obra de sua administração". Qual é essa obra? "Canaliza 8 quilômetros de rio (Anhanduí) e urbaniza uma parte importante da Avenida Ernesto Geisel". E o custo dessa "grande obra"? Nada menos que R$ 68 milhões. Encontraram ouro no rio Anhanduí?
As mentes mais criativas realmente apresentam alguma psicose?
Algumas doenças psiquiátricas podem ser entendidas como uma forma diferente de pensar. Isso caracterizava Michelangelo, Beethoven, Van Gogh, Virginia Woolf e muitos outros. De todos eles, foi dito que sua arte se devia, em parte, a transtornos psiquiátricos - o que contribuiu para reforçar a ideia de que nenhum gênio existe sem uma mistura de loucura, como disse Aristóteles.
Agora, um estudo que analisou dezenas de milhares de pessoas - 86.000 - revela que há uma conexão genética entre a criatividade e doenças como a esquizofrenia e o transtorno bipolar. Como em qualquer outro ramo da biologia, a grande pergunta é até que ponto a criatividade se deve a fatores ambientais, como a educação e a convivência com outros artistas, e em que medida se deve à genética herdada dos pais e de outros parentes.
A nova cara do mercado de automóveis no Brasil.
Quem se acostumou a ver o Gol e o Uno como os carros mais vendidos no país agora se depara com novidades. Onix, da GM e HB20, da Hyundai, ocuparam essa posição -ainda que o Palio continue defendendo a liderança conquistada somente no ano passado. O novo mercado mostra que, mesmo na crise, o consumidor ainda tem apetite por novidades. Carros modernos tanto em design como em tecnologia estão dando as cartas.
Há um fenômeno difícil de acreditar - existem filas de espera para alguns carros. O HR-V, da Honda, está com lista de espera de mais de três meses e, mesmo com preços a partir de R$ 70 mil, está entre os modelos mais emplacados do ano em pouco mais de dois meses de venda.
Perdem as maiores tradicionais - Fiat, GM, Volkswagen e Ford - que absorviam, juntas, mais de 82% das vendas. Agora, passaram a ter pouco mais de 60% do mercado. A que mais perdeu foi a Fiat, foram 91 mil carros, entre janeiro e maio, a menos do que em igual período de 2014. A que mais ganhou foi a Honda, com a vendagem de 8.383 carros a mais que no ano passado.
A Mata Hari do Caribe. A espiã da CIA que não quis matar Fidel Castro.
Marita Lorenz viveu histórias impossíveis. Ainda no ventre de sua mãe (esposa de um judeu alemão) sobreviveu após a agressão de um oficial da SS. Sua irmã gêmea morreu. Eclodia a Segunda Guerra Mundial e Marita nascia. Filha de mãe norte-americana e pai alemão, acabou presa em um campo de concentração quando tinha 5 anos. "No quartel onde eu estava, o mesmo onde Anne Frank morreu, nos abraçávamos. Crianças pequenas e adolescentes, para não morrer de frio, embora alguns já estivessem quase mortos".
Conheceu Fidel Castro em 1959, quando tinha 19 anos e ele, 33. "Me tornei sua amante e fiquei grávida. Em Cuba, fui drogada e forçada ao que classificaram como aborto". Décadas depois fiquei sabendo que meu filho tinha sobrevivido".
A Mata Hari do Caribe, como vem sendo chamada, foi encarregada da Operação 40, uma conspiração que unia a CIA, FBI, exilados cubanos e a máfia. Sua missão: matar Fidel com pílulas envenenadas. Nervosa, quase em pânico ao chegar ao Aeroporto de Havana, temeu que as pílulas fossem encontradas. Colocou-as em um pote de creme facial. Quando estava no quarto do hotel, que costumava dividir com Castro, abriu o pote de creme e percebeu que os comprimidos haviam desmanchado, restando apenas uma massa pastosa da arma que deveria acabar com a vida do líder cubano.
"Joguei fora". "Não descia pela descarga e tive que empurrá-la até que desapareceu completamente. Então me senti livre". "Não me arrependo de não ter matado Fidel, pelo contrário: é a decisão da qual mais me orgulho em minha vida". A história da vida de Marita Lorenz pode ser lida como uma parte importante da história do século XX. Da pior parte da história daquele século. Do Holocausto, dos assassinatos políticos, da Guerra Fria. Da miséria humana.
"Lieber Fidel - Mein Leben, Meine Liebe, Mein Verrat" (algo como Querido Fidel - Minha Vida, Meu Amor, Minha Traição) é o livro onde Lorenz narra essas e outras histórias importantes. Ainda não publicado no Brasil.