Projeto cria guia de convivência entre apicultores e tatus-canastra
Trabalho foi feito para evitar que os animais tenham contato com as colmeias e não prejudiquem os apiários
Para criar um ambiente de harmonia entre os apicultores e tatus-canastras, o ICAS (Instituto de Conservação de Animais Silvestres) desenvolveu material didático com medidas que garantem a criação de abelhas.
RESUMO
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O Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS) lançou um guia para promover a convivência entre apicultores e tatus-canastra no Cerrado de Mato Grosso do Sul. O projeto "Canastras e Colmeias" busca evitar que os tatus danifiquem colmeias ao procurar larvas, incentivando-os a consumir sua dieta natural. Medidas como cercamento de apiários e elevação das caixas de abelhas foram adotadas. Além disso, foi criada a certificação "Amigo do Tatu Canastra" para produtores de mel, incentivando a proteção da espécie ameaçada. O projeto, iniciado em 2015, mapeou 178 apiários, dos quais 73% sofreram danos por tatus.
Desenvolvido através do projeto Canastras e Colmeias, a iniciativa também teve como proposta incentivar o tatu-canastra a se alimentar de elementos que compõem sua dieta natural, como cupins e formigas. Isso porque, eles ocasionalmente invadem as colmeias em busca de larvas, causando prejuízos para os produtores
Para realizar o projeto, o ICAS avaliou a eficácia de estratégias já utilizadas pelos apicultores em suas produções. Em seguida, foram identificadas as que não apresentavam risco para o tatu-canastra, por exemplo, o cercamento dos apiários e o uso de cavaletes altos que mantêm as caixas de abelhas fora de alcance.
Essas e demais alternativas de mitigação foram reunidas no “Guia de convivência entre apicultores e tatus-canastra no Cerrado de Mato Grosso do Sul”.
Outra iniciativa recente do ICAS, em parceria com o Apiário Serra da Bodoquena, foi a entrega de 250 rainhas entregues a pequenos apicultores. Essa entrega é para dar início ao novo ciclo de produção de abelhas rainhas de linhagem selecionada.
Sobre o projeto - O Projeto Canastras e Colmeias foi criado em 2015, como complemento de uma pesquisa para mapear a ocorrência do tatu-canastra no Cerrado de Mato Grosso do Sul.
Ao conversar com os apicultores do Cerrado de MS sobre os danos causados pelos tatus-canastra, os especialistas em fauna iniciaram um projeto complementar de pesquisa. O objetivo, desta vez, era entender quando e por que os tatus-canastra atacam as colmeias e como evitar os danos.
No caso do Cerrado do Mato Grosso do Sul, com a colaboração de 10 associações de apicultores, os pesquisadores mapearam 178 apiários. Do total, 73% tiveram danos causados por tatus-canastra pelo período de cinco anos.
Selo de certificação - A certificação internacional "Amigo do Tatu Canastra" é mais uma criação do projeto, que beneficia especialmente médios e grandes produtores de mel. Ao consumir produtos com esse selo, o público contribui para a valorização da biodiversidade e a proteção do tatu-canastra, que é uma espécie ameaça de extinção.
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