Eleições: o saco de dinheiro que deu no saco do brasileiro
Um despropósito. Uma agressão ao bom senso. Os partidos políticos devem contar com quase R$ 6 bilhões para tocar suas campanhas eleitorais. A verba pública é dividida entre os partidos. O montante é recorde desde as eleições de 2014, quando ainda era legalizada a doação de empresas. Desde 2015, a ajuda privada é proibida por decisão do STF. O argumento era o de que as grandes doações empresariais desequilibravam a disputa eleitoral.
Ganham PT e PSL.
Os dois partidos extremos - PT e PSL - estão em festa. São eles os principais beneficiados desse saco de dinheiro público. Eles contam com o maior número de representantes na Câmara Federal e no Senado. O TSE é o responsável por finalizar o calculo da divisão do dinheiro entre os partidos. O acesso a esse saco têm como critério que um partido qualquer consiga pelo menos 2% dos votos válidos distribuídos em 9 Estados ou 11 deputados federais eleitos. Partido que não conseguir superar essa regra, está fora da divisão do saco de dinheiro.
Cópia de partidos europeus.
O financiamento público surge nos partidos europeus para atender a um déficit de finanças em um contexto de queda de filiação e crise financeira com a falta de colaboração de filiados. No Brasil, veio para enfrentar as doações empresariais. Mas essa é uma falácia. As doações empresariais nunca saíram do circuito dos partidos políticos, especialmente para aqueles que estão no poder. Em verdade, criaram dois sangramentos para os cofres públicos: um legal e outro no "escurinho" das negociatas.