Estoques reguladores da Conab, a única causa da falta de arroz
Há um debate acirrado na Europa: os produtores de vinho estão com uma superprodução que não sabem onde colocar. Os supermercados e lojas especializadas não querem comprar a mesma quantidade de todos os anos devido à queda no consumo da bebida. O vinho, para muitos europeus, faz parte da cesta básica. Bebem no almoço. Não há similar no Brasil. A cerveja e a cachaça não fazem parte da cesta básica nacional.
Quem está na lista da cesta básica precisa de controle de preço.
Produto que está fora da cesta básica, também deve estar fora da compra governamental. Produto que está na lista da cesta básica, tem de formar estoques que regulem seus preços. Não podem custar muito caro e nem muito barato. O arroz faz parte da cesta básica brasileira. Aliás, é o primeirão da lista. Obrigatoriamente deveria ter bons estoques reguladores. Quem teoricamente é encarregado de comprar produtos para manter os estoques é a CONAB.
O abandono dos estoques.
A CONAB deixou de organizar compras do arroz anualmente para termos estoques. Há cinco anos, praticamente não adquire arroz. Veja a involuçáo dos estoques da CONAB no gráfico:
Brasília perdida em um prato de arroz.
Brasília não está dando a resposta correta para a crise do arroz que se abateu sobre o bolso do brasileiro. Há os que atacam os arrozeiros. Há os que os defendem. No outro vértice do "triângulo do arroz abduzido", há aqueles que acusam os supermercadistas. Como há aqueles que os defendem. A última saída "genial" foi a de tentar convencer o brasileiro a deixar de comer arroz. "Troquem por macarrão", a genialidade impera nas mentes dos burocratas. A verdade é que Brasília se perdeu em um prato de arroz. Voltem a montar estoques. Essa é a única alternativa.