Evangelismo e a vitória póstuma de Reagan, Tatcher e Wojtyla
Mário Sérgio Lorenzetto | 19/09/2022 06:20
Para analisar os motivos da força que hoje exibem as igrejas e seitas evangélicas ligadas à direita mais extrema, devemos retroceder ao início dos anos oitenta do século passado. Foi a época em que "três reinados absolutistas" mudaram o mundo. Os mandatos simultâneos de Ronald Reagan, nos EUA; de Margarete Thatcher, na Inglaterra e o papado de Karol Wojtyla criaram as condições para a ascensão do evangelismo.
Objetivo comum: destruir a União Soviética e o liberalismo.
No início, os três estavam convencidos de que a debilidade da União Soviética oferecia uma oportunidade histórica para além de destruí-la, debilitar o liberalismo na economia e no terreno das ideias. A primeira missão era acabar com a influência de Moscou sobre os países do leste europeu. A queda do muro de Berlim determinou a vitória dos três mandatários.
No início, os três estavam convencidos de que a debilidade da União Soviética oferecia uma oportunidade histórica para além de destruí-la, debilitar o liberalismo na economia e no terreno das ideias. A primeira missão era acabar com a influência de Moscou sobre os países do leste europeu. A queda do muro de Berlim determinou a vitória dos três mandatários.
Papa Wojtyla e a aversão à Teologia da Libertação.
Wojtyla, eleito papa João Paulo II em 1.978, vivera sob o comunismo polaco. Havia aprendido a viver nesse meio. Seu maior desejo era transformar sua pátria em capitalista, mas também queria mudar a igreja na América Latina, onde a Teologia da Libertação aplicava algumas teorias que ele e o cardeal Ratzinger, futuro papa Bento XVI, consideravam pura heresia.
Wojtyla, eleito papa João Paulo II em 1.978, vivera sob o comunismo polaco. Havia aprendido a viver nesse meio. Seu maior desejo era transformar sua pátria em capitalista, mas também queria mudar a igreja na América Latina, onde a Teologia da Libertação aplicava algumas teorias que ele e o cardeal Ratzinger, futuro papa Bento XVI, consideravam pura heresia.
O erro crasso de Wojtyla na América Larina.
Wojtyla e Ratzinger se equivocaram totalmente na estratégia que traçaram para a América Latina. Confiaram em Ronald Reagan. Não por causa da Teoria da Libertação, mas naquela época, a América Latina era a principal região do catolicismo no mundo. E com tendência de alta. Mobilizava milhões de fiéis. De repente, uma estranha coalizão de interesses conflitantes provocou a redução do catolicismo na região. Reagan, se insurgindo contra Wojtyla e Ratzinger, influenciou decisivamente para o crescimento exponencial de missionários, de seitas e igrejas evangélicas, desconhecidas na América Latina, ultraconservadoras, com bilhões de dólares à disposição. Para destruir a Teoria da Libertação, Wojtyla deixou aberta a porta para aqueles que cooptariam algo entre 20% a 30% de seus fiéis.
Wojtyla e Ratzinger se equivocaram totalmente na estratégia que traçaram para a América Latina. Confiaram em Ronald Reagan. Não por causa da Teoria da Libertação, mas naquela época, a América Latina era a principal região do catolicismo no mundo. E com tendência de alta. Mobilizava milhões de fiéis. De repente, uma estranha coalizão de interesses conflitantes provocou a redução do catolicismo na região. Reagan, se insurgindo contra Wojtyla e Ratzinger, influenciou decisivamente para o crescimento exponencial de missionários, de seitas e igrejas evangélicas, desconhecidas na América Latina, ultraconservadoras, com bilhões de dólares à disposição. Para destruir a Teoria da Libertação, Wojtyla deixou aberta a porta para aqueles que cooptariam algo entre 20% a 30% de seus fiéis.