Infarto da Prefeitura de Campo Grande pode custar emprego do médico
Finanças são o coração da Prefeitura e precisam de cuidados
O infarto agudo do miocárdio, popularmente conhecido por ataque cardíaco, é um processo de morte dos tecidos que compõem o músculo do coração, por falta de aporte de nutrientes e de oxigênio. As finanças de um órgão público também funcionam como o coração, ou melhor, não funcionam sem muitos cuidados.
As crises são paradas cardíacas de suas finanças. Elas têm efeitos devastadores sobre a economia. O papel do médico-prefeito é manter o paciente-prefeitura vivo, impedindo que as finanças venham abaixo. Um enfarte não é o momento certo para se preocupar com o estilo de vida de um paciente. A premência é mantê-lo vivo. Programas e atividades rocambolescas só perpetuam a vigência das crises.
Da mesma maneira que um infarto, as crises financeiras têm efeitos duradouros. Em primeiro lugar, causa danos ao próprio sistema financeiro. Outro efeito maléfico é a perda de confiança no futuro. Já deveriam ter observado que as crises, e a Prefeitura de Campo Grande está sofrendo com elas há vários anos, tornam insuportável a dívida que vai se acumulando. Na eventual persistência dessas crises, uma "recessão falimentar" se concretiza. Ao contrário do enfarto que mata o paciente, as crises financeiras ceifam o mandato dos prefeitos.
Só há um tratamento correto para o infarto municipal: em primeiro lugar reconhecer a existência da crise e logo a seguir, resolver o estoque da dívida. A solução é estimular o trabalho de todos os servidores, o investimento empresarial e criar confiança. A Prefeitura não morre, mas o prefeito cai.
O emprego mais ingrato do mundo
Eles se sentem pouco valorizados, trabalham demais, não são ouvidos, e sentem que não são importantes para a empresa ou órgão público. Eles são os gerentes, os chefes de escalão intermediário. Mas, acima de tudo, eles se queixam que as pessoas acima deles não são muito capazes. E tem mais: é função do gerente implementar decisões ruins como
as demissões. É função deles assumir a responsabilidade por coisas pelas quais eles não têm culpa. E o pior: eles não têm como subir ou descer. São os mais golpeados pelas políticas corporativas do que todos os grandes chefes. Eles não querem mais ser chefes e ao mesmo tempo não podem deixar seus cargos devido à diferença de remuneração.
Pesquisas atestam situação dos gerentes
Duas pesquisas corroboram a péssima situação dos chefes de escalão intermediário. Ambas nos Estados Unidos. A primeira, promovida pela CareerBulider, onde 66% dos funcionários disseram que não aceitariam ser gerentes nas suas empresas e órgão públicos, e a segunda, divulgada recentemente no site da Harvard Business Review, que abrangeu 320 mil pessoas. Nessa última pesquisa, os trabalhadores "irremediavelmente infelizes e insatisfeitos" não estão nos escalões mais baixos e nem são os incompetentes que podem ser demitidos a qualquer momento. São os gerentes. Eles deveriam ser o sal da terra, ou pelo menos a cola que mantêm a companhia ou órgão público unido, e no entanto se sentem prisioneiros e incapazes de promover mudanças em suas próprias vidas. Novos tempos difíceis de serem entendidos, mas que merecem uma acuidade maior por parte dos chefões e do pessoal de baixo escalão.
A imagem das corporações em 25 países
Vivemos uma experiência única na história da humanidade. Estamos no meio de mudanças sociais importantes. As pessoas começam a ter um nível de exigência mais elevado e a reputação das empresas e órgãos públicos passam ser julgados de outra maneira.
O grande divisor de águas foi a crise de 2008, que colocou em xeque a credibilidade de grandes corporações e governos. Pesquisas recentes mostram esse marco, como o estudo Indicador de Percepção Corporativa da Burson-Marsteller, realizada entre 28 de junho e 15 de agosto, com 25 mil pessoas e 1.800 altos executivos de 25 países. A pesquisa mostra que a reputação das empresas, hoje, é bem mais forte nos países emergentes do que nos desenvolvidos, que sentiram a crise mais diretamente e associam as grandes corporações com ganância.
Nos emergentes, empresas são associadas à responsabilidade social
Nos mercados emergentes, como o Brasil, as corporações tendem a ser mais associadas com responsabilidade social. O levantamento também indica que quase metade do público, tanto de países desenvolvidos como de emergentes, acham que as empresas têm papel negativo nas questões de desigualdade, renda e impostos. A maioria acha que elas não pagam o que devem em impostos, utilizando para isso todo tipo de brecha na lei.
A visão mais otimista é a dos brasileiros. Para 70% dos consultados no país, as empresas são fonte de esperança, enquanto a média dos países emergentes é de 64% e a dos desenvolvidos, de 44%.
Todavia, a percepção dos brasileiros se aproxima da visão de países desenvolvidos quanto à influência das empresas sobre os governos - 41% dos brasileiros e 45% do público de países desenvolvidos acham que as empresas influenciam demais os governos, enquanto a média dos emergentes é de 30%.
Outra pesquisa internacional, a da Reputation Institute, mostra que as seis empresas com melhor reputação no Brasil são o grupo Votorantim, a Ipiranga, a Natura, Lojas Americanas, BRF e, acreditem, um órgão público, a Caixa Econômica Federal.
Brechós on-line de luxo fazem sucesso
Há um "twist" interessante no mercado de luxo. As mulheres que estão aspirando o luxo migram cada vez mais para os outlets e para os brechós (venda de mercadorias usadas com garantia). Por sinal, com a facilidade da plataforma on-line, os brechós de luxo devem alcançar mais de R$ 50 bilhões no mundo. Este é um modelo de negócio que virou até série na TV. Varejistas de segunda mão estão transformando artigos de luxo em bens duráveis, com preço de revenda cada vez mais definido (e bem mais barato), o que aumenta o valor do produto original. Deixou de ser um mercado marginal. Já são mais de 50 mil clientes cadastrados no Brasil. Cresceu no boca a boca, no círculo social a que pertencem muitas mulheres, com as amigas querendo se desfazer de peças do guarda-roupa lotado no passado, sem crise. A história mais interessante mostra uma delas abrindo mão de 20 bolsas Chanel em um só dia.
Conheçam as bodetes
As bodetes, como são chamadas as clientes, fazem a foto do que desejam vender. O site manda recolher e entregar a encomenda para que a privacidade das participantes seja preservada. Chanel e Hermès não duram nem uma hora para serem vendidas, seja sapato ou bolsa. Em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Salvador, eventos de compra e venda foram organizados em suítes de luxo dos melhores hotéis. Chegam a carregar 500 bolsas em um só evento e vendem pelo menos umas 300. Os sites mais conhecidos são: pegueibode, etiquetaunica,gallerist, oqvestir e o shop2gether. Em época de festas, é uma compra com preços inacreditáveis.