O assassinato do bebê palestino e a organização do ódio judeu
Há dezenas de países em guerra, somente um mantem uma guerra organizada e sistemática: Israel. Por mais que organizações cristãs brasileiras induzam seus fiéis a realizarem um turismo a essa região, Israel é um país em estado de tensão e beligerância permanente. Em Israel não existe um só lugar onde possam sentir a fraternidade inerente a qualquer religião. Não há uma só creche em Israel que não esteja preparada para a guerra. Não há uma só rua ou avenida onde todos possam passear, desfrutando de uma cerveja, sem se preparar para a guerra. Não é a religião, qualquer que seja, a dominar os espíritos nesse país; a alma de Israel é a guerra. O turismo brasileiro a Israel jamais deveria ser de religiosos e sim de militares. Todos conhecem o histórico caráter pacifista dos judeus. Sem dúvida, é o povo mais perseguido da história humana. O holocausto protagonizado pelos nazistas é apenas um momento em uma imensa e interminável lista de atrocidades desumanas. Perseguidos sem oferecer resistência. Então, de onde vem o atual ódio judeu que surge, todos os dias na imprensa, sob as mais variadas formas? Como um povo devotado a uma excelente educação desembocou em um grupo humano com as armas na alma? Se existem povos "armados até os dentes", os judeus estão acima, "armados até o cérebro".
O Congresso que organizou um país para os judeus e a sua conquista a qualquer preço.
Na Europa existiam muitas tendências políticas que pensavam em criar um país exclusivo para o povo judeu. Em agosto de 1897 esses políticos judeus, se reuniram na cidade suíça de Basiléia. Autodenominavam-se "sionistas" - Sion ou Sião era o nome de uma das colinas que cercam a Terra Santa e também um sinônimo de Jerusalém ou Terra de Israel - e o evento reuniu 200 participantes. Após intensos debates fundaram a Organização Sionista Mundial. Durante esse congresso, discutiu-se onde deveria ser instalado o Estado Judeu. Os congressistas dividiram-se entre a Palestina ou algum território desabitado que poderia ser cedido aos sionistas. Cogitaram instalar-se no Chipre, na Patagônia argentina, no Congo e em Uganda. Após intensos debates, venceram os defensores da Palestina sob o argumento de que aquela era a região de origem de toda identidade judaica na Antiguidade. O presidente escolhido para comandar a Organização Sionista Mundial era um advogado de Budapeste, denominado Theodor Hezl. Há uma passagem em seu diário que esclarece as intenções dos sionistas: " Se eu tivesse de resumir o Congresso de Basiléia numa só frase, ela seria: em Basiléia eu fundei o Estado Judeu". E fundou mesmo.
Criaram um país apenas com argumentos religiosos radicais, ainda que com a contestação da maioria dos judeus de todo o mundo. Um país que se chamaria Israel e custaria o sangue e o medo de judeus e de palestinos. Povos pacifistas ao largo de toda a história, terroristas nas últimas décadas. Os dois contendores vivem do terror, sem nunca baixar os ódios. É o terror por um palmo de terra. Milhões de bebês judeus e palestinos foram mortos nos últimos anos e outros milhões ainda serão, cruamente, assassinados.
O que acontece quando o código moral de um indivíduo se opõe ao da sociedade?
Estamos falando de Zé Dirceu? Não. Trata-se da indicação, para as férias, de um dos melhores romancistas da atualidade. Ian McEwan em seu "A Balada de Adam Henry", destila algumas das grandes preocupações do novo século. Como saber quando um adolescente é responsável por seus atos? Qual é a função de nossas leis e como diferenciá-las de nossas normas éticas individuais? A Balada de Adam Henry é ao mesmo tempo a crônica de um conflito familiar e uma lúcida exploração do papel da justiça em nossa sociedade. McEwan, nele, confirma sua posição de mais ambicioso romancista do século XXI. Traduzido para o português. Custa entre R$30 e R$45.
Um economista estudando a saúde.
Angus Deaton é o vencedor do Prêmio em Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel de 2015. Ele é um microeconomista escocês naturalizado norte-americano e ensina, atualmente, na Universidade de Princeton (EUA). Deaton descreve de forma rigorosa e cativante os enormes progressos que ocorreram na saúde nos últimos 250 anos, bem como o profundo impacto que eles tiveram no bem-estar e na riqueza das pessoas em seu livro "The Great Escape" (vendas na Saraiva e na Estante Virtual apenas em espanhol). Ao mesmo tempo, ele nota as falhas nesse processo evolutivo e descreve, em números, a desigualdade no acesso aos cuidados médicos e na saúde de diferentes grupos. É uma lição para todos lerem com cuidado. Ao contrário de autores, políticos e da mídia, muitas vezes polêmicos, para Deaton os números da saúde não são armas de arremesso, mas são tratados com enorme respeito, para quem vê neles uma janela para a verdade. Para compreender e tentar melhorar e não apenas para o estrelato fácil.