O filho bastardo de Pedro I. Um trabalhador e milionário
Essa é uma das muitas histórias de alcova rocambolescas de Pedro I, o homem que, de acordo com a falsa versão histórica, tornou o Brasil independente. O nome do bastardo era Pedro de Saisset. Filho do imperador com a modista Henriette Josephine Clémence de Saisset. O bastardo nunca foi tratado como um ser humano, mas como um problema, era o único em condições de disputar o trono com aquele que viria a ser Pedro II. E, como tudo na vida de Pedro I, havia um enorme problema a ser resolvido: Henriette de Saisset era casada.
Compraram a boca do marido.
Em vias de se tornar mais um dos inúmeros escândalos sexuais de Pedro I, acertaram o pagamento de elevada soma dos cofres reais para Pierre Joseph Felix de Saisset, o marido traído, para que assumisse a paternidade do bastardo e levasse a esposa para Paris. Pierre era um comerciante francês com estabelecimento no Rio de Janeiro.
O bastardo virou carregador de sacos nos EUA.
Nascido em 28 de agosto de 1.829, Pedro de Saisset só conheceu, rapidamente, o Brasil aos 19 anos. Veio cuidar da loja de tecidos de seu pai adotivo. Do Rio de Janeiro, foi aos Estados Unidos. Na viagem, o comandante do navio o assaltou, deixando-o em sérias dificuldades financeiras. Para sobreviver, virou carregador de sacos em um porto na Califórnia. Ao contrário de seus familiares, o jovem bastardo não tinha vergonha de trabalhar. E foi um verdadeiro vencedor. Conquistou fortuna nos EUA. Também foi nomeado cônsul da França em uma pequena cidade californiana. Mais que um bastardo, um estranho indesejado no ninho.